Na ciranda polifônica, a literatura infantil ressoa entre vozes das ciências sociais sobre as culturas da infância. Inês, de Roger Mello e Mariana Massarani, sem favor, entrou na roda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Asse, Roberta Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-18082023-113301/
Resumo: O presente trabalho propõe reflexões acerca da literatura infantil contemporânea sob consideração de visões de infâncias advindas das ciências sociais e dos estudos comparados de língua portuguesa, associados ao procedimento de escuta de vozes infantis e de leituras analíticas de livros ilustrados. A via comparatista é orientada por estudos das pesquisadoras brasileiras Tania Carvalhal e Sandra Nitrini e, no âmbito das ciências sociais, contamos com as pesquisas de Daniel Goldin, David Buckingham e Manuel Sarmento, que trazem importantes contribuições. As obras analisadas devem-se a dois momentos desta pesquisa - um deslocamento para Portugal, perspectivando consulta a um acervo pertinente aos propósitos desta investigação, e a obra Inês (2015), de Roger Mello e Mariana Massarani, selecionada como corpus principal, em razão de sua paradoxal simples e complexa densidade, e o seu favorecimento ao acesso às infâncias. Desse modo, atesta-se como a leitura de livros, cujas linguagens encontram-se em híbridos e profícuos diálogos, pode refletir visões que consideram a plena capacidade interpretativa e recriadora dos leitores. Compõe-se assim uma fortuna crítica inédita acerca de uma parte da literatura infantil contemporânea, contextualizada de maneira a demonstrar uma rede de agentes formadores, advindos de diversas áreas do saber, transformados em artefatos plurissignificantes em diálogo com as culturas infantis.