Estudo in vitro sobre a remineralização de lesões cariosas com o uso de materiais resinosos contendo partículas de fosfato dicálcico dihidratado funcionalizadas com TEGDMA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alania Salazar, Yvette Alania
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-07062017-163621/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de compósitos experimentais contendo nanopartículas de fosfato dicálcico dihidratado (DCPD) na remineralização de lesões artificiais em esmalte, em função do conteúdo de partículas de DCPD e da funcionalização destas com dimetacrilato de trietileno glicol (TEGDMA). Cinco compósitos contendo uma concentração equimolar de dimetacrilato de glicidila bisfenol A (BisGMA) e TEGDMA e 60 vol% de partículas foram manipulados. A fase inorgânica foi constituída por partículas de vidro de bário silanizadas e 0% (controle: Sem DCPD), 10% ou 20% (em volume) de partículas de DCPD, funcionalizadas (F) ou não (NF) com TEGDMA. Foram produzidas lesões artificiais subsuperficiais em fragmentos de esmalte humano mediante a imersão destes em 30 ml de solução desmineralizante (pH 5.0) por 12 dias a 37°C. Os blocos de esmalte foram divididos em 6 grupos (n=6 - 10), de acordo ao compósito aplicado na lesão: Sem DCPD, 20% DCPD NF, 20% DCPD F, 10% DCPD NF, 10% DCPD F além de um grupo sem a aplicação do compósito (Sem tratamento, ST) e expostos a ciclagem de pH (16 dias, 4 h em solução desmineralizante/pH=5 e 20 h em solução remineralizante/pH=7). As soluções foram trocadas a cada 4 dias, e coletadas para calcular o conteúdo de cálcio e fosfato mediante espectrofotometria. Os corpos de prova foram seccionados longitudinalmente e avaliados mediante microradiografia transversal (TMR). Os parâmetros analisados foram a profundidade da lesão (LD, ?m), a perda mineral integrada (?Z, vol%.?m) e a média da perda mineral (R). Foi calculado o ??Z (%, [100x(?Zinitial - ?Ztreatment)/?Zinitial]) para estimar a porcentagem de remineralização. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) a um critério e o teste de Tukey para comparações múltiplas (alfa = 0.05). Todos os grupos restaurados mostraram recuperação mineral entre 3 a 23%. Houve diferencia significativa entre o ??Z do grupo ST e os contendo DCPD funcionalizado. No entanto, devido à alta dispersão de dados (particularmente no grupo Sem DCPD), não foi observada diferença significativa entre os grupos cuja lesão foi recoberta por compósito. Todos os grupos contendo DCPD mostraram maior recuperação mineral nos terços médio e profundo da lesão. O grupo ST mostrou desmineralização adicional. A concentração de íons cálcio e fosfato no meio de imersão não foi influenciada pela presença de DCPD, independentemente da funcionalização ou da porcentagem de DCDP no compósito. Concluiu-se que os compósitos contendo DCPD foram capazes de promover a recuperação mineral nas áreas mais profundas da lesão.