Avaliação de danos causados pelo enfezamento vermelho e enfezamento pálido na cultura do milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Massola Júnior, Nelson Sidnei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-132231/
Resumo: O efeito da incidência de enfezamento vermelho e pálido sobre a produção, o peso de mil grãos e o tamanho de grãos de dois híbridos suscetíveis (XL-510 e Dina-933e) foi avaliado em 15 ensaios de campo. Os ensaios foram conduzidos durante os anos agrícolas de 95/96 e 96/97, em Piracicaba-SP, Jardinópolis-SP e Jacarezinho-PR. Também foi avaliado o efeito da época de manifestação dos sintomas pelas plantas sobre a produção e a correlação entre população da cigarrinha vetora (Dalbulus maidis) e incidências das doenças. Numa segunda etapa, o efeito de inoculações seriadas com Spiroplasma kunkelii, em diferentes estádios de desenvolvimento do híbrido XL-510, foi avaliado em condições de telado, buscando-se relacionar época de infecção e danos provocados. Por último, os híbridos de milho AG-951 (resistente) e XL-510 (suscetível), foram experimentalmente inoculados, em condições de casa de vegetação, com fitoplasma, espiroplasma e fitoplasma + espiroplasma, com a finalidade de verificar a multiplicação e os efeitos dos patógenos sobre plantas pertencentes a esses diferentes genótipos. Em todos esses ensaios, a evolução dos sintomas foi avaliada semanalmente e a produção quantificada ao final do experimento. Todas as inoculações artificiais foram realizadas por meio de insetos vetores (D. maidis) criados em laboratório e infectados por meio da aquisição em planta fonte. Os resultados mostraram que quanto maior foi a incidência de enfezamento no campo, maiores foram os danos em todas as variáveis avaliadas. Funções de danos, estimadas com base na incidência avaliada no estádio de grãos pastosos, revelaram reduções na produção de 0,8% para cada 1% de incremento na incidência, para ambos os híbridos testados. Essa mesma variação na incidência, provocou danos no peso de 1000 grãos de 0,8% e 0,4%, para os híbridos Dina-933e e XL-150, respectivamente. O tamanho dos grãos, revelado pelo teste de retenção em peneiras com diferentes diâmetros de malhas, também foi negativamente influenciado pela doença. A área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foi uma boa variável para estimar os danos. Quanto mais precoce foi a manifestação dos sintomas pelas plantas no campo, maiores foram os danos para ambos os híbridos, porém não houve correlação entre população do vetor com a incidência de ambos os tipos de enfezamento. As inoculações seriadas com S. kunkelii no híbrido XL-50 revelaram que, tanto a produção como a qualidade dos grãos foram mais severamente afetadas quanto mais precoce foi a inoculação. Para o intervalo entre os dias 10 e 38 após a emergência, cada dia de atraso na inoculação representou 0,5% de aumento na produção, entretanto, para o intervalo entre os dias 38 e 66, esse aumento foi de 1,5%. Os resultados do último ensaio mostraram que foi possível detectar o espiroplasma e o fitoplasma somente no híbrido suscetível, indicando que no híbrido resistente não ocorreu multiplicação dos patógenos. Manifestação de sintomas e redução na produção foram registrados também somente para o híbrido suscetível, tendo sido constatado que o fitoplasma mostrou-se mais agressivo que o espiroplasma, induzindo o aparecimento de sintomas mais precocemente e causando os maiores danos.