Extensão universitária e economia solidária na América Latina: a universidade em disputa nas trajetórias da USP/Brasil e Udelar/Uruguai

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Laporte, Ana Luzia Alvares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48139/tde-05112024-115023/
Resumo: Esta tese tem como tema a importância da construção de uma Universidade Pública para além do capital na América Latina. Em um contexto de disputa da universidade, marcado pela mercantilização da educação e submissão a uma lógica produtivista e competitiva em âmbito internacional (CHAUÍ, 2003; SILVA, 2006) analisamos diferentes estratégias de transformação desta instituição, desenvolvidas por iniciativas de extensão universitária, vinculadas ao movimento de economia solidária. Os casos analisados são a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade de São Paulo (USP) e a atual Área de Estudios Cooperativos y Economía Solidaria Universidade da República do Uruguai (Udelar). Estas experiências se vinculam à lutas históricas pela universidade pública e gratuita na região e a afirmação de seu potencial como instrumento na construção da autonomia política, cultural e econômica dos países (RIBEIRO, 1969; FERNANDES, 2020), atrelado ao compromisso desta com a luta dos trabalhadores e a importância do vínculo com os movimentos sociais. Seu potencial de transformação está ligado à capacidade de articulação com diferentes atores, constituindo um campo mais amplo de incidência nas políticas públicas, como ocorreu durante a Segunda Reforma da Udelar e também no âmbito da articulação nacional do movimento de economia solidária e da Rede de ITCPs no Brasil. Além disso, ambas trajetórias demonstram a importância da autogestão e da construção de experiências de formação coletivas na manutenção das iniciativas em momentos de crise.