Influência da sequência dos segmentos do triathlon no desempenho, variáveis fisiológicas e biomecânicas na natação, no ciclismo e na corrida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Travitzki, Leonardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-11112024-152241/
Resumo: O triathlon é formado por três modalidades cíclicas: i) a natação; ii) o ciclismo e iii) a corrida; realizadas de forma consecutiva dentro da mesma prova e ligadas por duas transições. A capacidade do atleta para conectar os três segmentos da prova de forma ótima com alta demanda fisiológica, sem gerar alterações excessivas na homeostase é crucial para o resultado final da prova. Na literatura, há escassez de trabalhos que analisaram o triathlon em sua totalidade e as consequentes alterações que as etapas prévias causam nas posteriores. Os propósitos deste estudo foram: Capítulo I) relatar as características presentes nos desenhos experimentais utilizados para avaliar as influências relacionadas a dinâmica presente na prova de triathlon; e Capítulo II) investigar a influência de cada segmento do triathlon nas etapas subsequentes no tocante ao desempenho, variáveis fisiológicas e biomecânicas, avaliadas a partir de um protocolo de simulação de prova dentro da distância olímpica, comparadas com testes de controle realizados para cada modalidade esportiva isolada. Capítulo I: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes propostas pelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis). Após todos os critérios de elegibilidade 21 artigos foram selecionados. Ao analisar os estudos concluímos que a maioria dos protocolos experimentais são fragmentados e restritos apenas à realização de uma das transições (natação-ciclismo ou ciclismo-corrida), ou seja, não representam a prova de triathlon em sua totalidade e apresentam prevalência pela transição ciclismo-corrida. Capítulo II: Doze triatletas executaram os protocolos referentes aos testes controles (1500m de nado livre, 40km de ciclismo e 10km de corrida) e o da prova simulada de maneira randomizada. Foi avaliado em cada protocolo a frequência cardíaca, concentração de lactato sanguíneo, a saturação de oxigênio muscular por meio da oximetria não invasiva do músculo vasto lateral (i.e. near infrared spectroscopy -NIRS-) e parâmetros biomecânicos respectivos a cada segmento. As comparações entre os testes controles e o simulado completo foram testadas por meio do teste não-paramétrico de Wilcoxon e nível de significância de 0,05. Os resultados evidenciaram diferenças entre os dois protocolos, tanto para os parâmetros fisiológicos quanto biomecânicos. As evidências indicam que essas diferenças possuem relação com a fadiga neuromuscular acumulada durante a sequência do triathlon. Ao final do estudo, apontamos ganhos para o campo prático do treinamento do triathlon, a importância que os treinadores devem dar ao treinamento das transições de forma mais específica e com maior frequência durante as preparações, com a finalidade de adaptarem as necessidades fisiológicas das transições. Destacamos os ganhos quanto a uma nova forma de pensar os desenhos experimentais dessa área de estudo.