Resposta inflamatória uterina em bovinos após inseminação artificial com sêmen avaliado por associações de sondas fluorescentes: efeitos sobre a fertilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Thomé, Helder Esteves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-01102013-105026/
Resumo: Do ponto de vista da produtividade, a fertilidade é um dos parâmetros de maior importância em um rebanho bovino comercial e esta é influenciada por vários fatores, entre eles estão as condições do trato reprodutivo das fêmeas e a qualidade do sêmen utilizado. O influxo de células inflamatórias no local da deposição do sêmen logo após a inseminação artificial (IA) pode ser intensificada na presença de maior número de espermatozoides lesados durante a IA, caracterizando uma endometrite. Este estudo foi conduzido em três experimentos. Com o objetivo de comparar os métodos de colheita de material endometrial por escova ginecológica (EU) e lavado uterino (LU), bem como a interferência destes procedimentos na hemodinâmica uterina, foi proposto o Experimento 01, onde pode-se constatar que ambas as técnicas permitem o recolhimento de amostras em quantidade e qualidade suficiente para contagem, e que a porcentagem de células polimorfonucleares obtidas pela técnica LU foi superior a EU. Maior fluxo sanguíneo das artérias uterinas foi encontrado no momento de 4 horas após a realização de LU, sugerindo que este influencia na resposta vascular inflamatória. Para avaliar o efeito da LU após a IA em Tempo Fixo (IATF) na fertilidade dos animais, executou-se o Experimento 02 e constatou-se que não há diferença no índice de prenhez entre os animais submetidos ou não à LU, demonstrando que a técnica não interfere na taxa de fertilidade. Com o intuito de investigar a interferência da qualidade do sêmen na fertilidade, resposta inflamatória e hemodinâmica uterina, foi proposto o Experimento 03, onde foi possível observar influência da qualidade do sêmen sobre a taxa de prenhez, verificou-se maior porcentagem de vacas prenhes quando inseminadas com sêmen com maiores percentuais de espermatozoides apresentando integridade das membranas plasmática e acrossomal e função mitocondrial (PIAIC). Notou-se ainda a ocorrência de endometrite em 65,3 % dos animais, os quais apresentaram taxa de prenhez inferior aos que não apresentaram inflamação. Pode-se concluir que a qualidade do sêmen e a endometrite interferem na taxa de fertilidade bovina.