Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Lara Amanda Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-17052022-102438/
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Resumo: |
Estudos que envolvam a análise interdisciplinar entre variáveis meteorológicas e dados antropológicos são de extrema importância para avaliar o conforto térmico e parâmetros relacionados à saúde. Desta forma, a área da biometeorologia se propõe a estudar o impacto do tempo e do clima nos seres vivos, entre eles, nos humanos. No intuito de promover um avanço neste setor da ciência e entender melhor o papel da meteorologia no conforto dos indivíduos, buscou-se compreender a analogia de duas tipologias de variáveis entre si, base do cálculo de diversos índices de conforto térmico; tais como as meteorológicas, medidas através de instrumentos (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e irradiação solar) e as antropológicas, através de questionários (gênero, altura, peso e vestimentas utilizadas). Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar o balanço de energia, via cálculo do conforto térmico (utilizando os índices PMV, UTCI, PET, WBGT, TEP, TEPA, TEPM, TEG e Tsp), considerando as variáveis meteorológicas e antropológicas em duas regiões (cidade de São Paulo e em Budapeste) e em duas estações do ano (inverno e verão) através da realização de experimentos e aplicação de questionários para coleta de dados e o uso de índices de conforto térmico. De modo que, caso se configure o desconforto a partir destes índices, são simuladas maneiras de obtê-lo via modificação do metabolismo e/ ou das roupas, sendo este outro objetivo deste estudo. Os questionários aplicados no Brasil sugerem que as pessoas, de modo geral, não estão satisfeitas com o ambiente, no verão sentem muito calor e no inverno muito frio. Como resultados, verificou-se que os voluntários sugeriram mudanças nas variáveis analisadas em todos os casos, já para Hungria as pessoas alegam sentir frio para o caso de inverno, mas se aproximam da sensação de conforto. Com relação aos índices utilizados, o Voto Médio Estimado (PMV), Temperatura Equivalente Fisiológica (PET), Índice Climático Térmico Universal (UTCI) e Temperatura Equivalente Percebida Adaptativa (TEP-A) apresentam uma significância ao nível de 5% quanto aos questionários aplicados no Brasil, entretanto, não houve correlação aos dados obtidos para Hungria, o que suporta a hipótese de necessidade de calibração dos índices para diferentes regiões e situações. Ainda sobre os índices, os que melhor se adequaram aos dados coletados nos questionários foram UTCI para verão brasileiro, Temperatura Equivalente Percebida, Estação Meteorológica (TEPM) e Temperatura Equivalente de Globo (TEG) para inverno brasileiro e, para Hungria, os índices UTCI, e PET para Hungria. Desta forma, quando desconfortável, foram indicadas variações do metabolismo e/ ou das roupas. Para o Brasil, foram sugeridas atividades de baixo impacto e uma resistência de roupa negativa no verão, indicando a necessidade de roupas com tecnologias que refresquem. Já para o inverno brasileiro, indicam-se atividades mais intensas como uma caminhada rápida e roupas com uma resistência igual ou superior à 0.6 clo em todos os casos. |