Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Rodrigo Mantelatto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-18102024-140642/
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Resumo: |
A Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e de Reabilitação da Escoliose (SOSORT) sustenta a prática dos exercícios na prevenção da progressão da escoliose idiopática do adolescente (EIA). O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a efetividade dos exercícios terapêuticos para evitar a progressão do ângulo de Cobb em comparação com outras intervenções conservadoras. Foram realizadas buscas sistemáticas na MEDLINE via PubMed, Embase, CENTRAL, PEDro e CINAHL em 14 de dezembro de 2023 e registrada no PROSPERO (CRD42020156639). O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado de acordo com a escala PEDro e a certeza da evidência foi analisada utilizando a abordagem GRADE. Um total de 3.130 registros foram identificados e ao final da triagem 19 estudos, totalizando 832 participantes foram incluídos. A pontuação PEDro variou de 3 a 8 pontos (0-10). Os resultados foram estratificados em quatro comparações: 1) Não houve diferença estatisticamente significativa entre a realização de exercícios terapêuticos e a intervenção mínima, avaliado por três estudos a curto prazo (DM = -1,33; IC 95% - 4,87 e 2,22), com muito baixa certeza da evidência. 2) Na comparação de um exercício versus outro tipo de exercício, (2.A) específico vs. geral: participantes submetidos a exercícios terapêuticos específicos apresentaram uma redução maior no ângulo de Cobb, avaliado por sete estudos a curto prazo (DM = -2,57 graus Cobb; IC 95% -4,56 a -0,59), com baixa certeza na evidência e avaliado por um estudo a longo prazo (DM = -6,00 graus Cobb; IC 95% -6,88 a -5,12). (2.B) geral vs. geral: dois estudos mostraram que não houve diferença entre as modalidades de exercício, enquanto um estudo encontrou uma diferença significativa a favor dos exercícios sensíveis à direção comparado com exercícios gerais de fisioterapia (DM = -2,57 graus Cobb; IC 95% -4,56 a -0,59). (2.C) específico vs. específico: adição do sling como exercício específico ao método Schroth gerou uma redução de -0,93 graus Cobb comparado ao grupo que recebeu apenas exercícios Schroth (IC 95% -1,75 a - 0,11), avaliado por um estudo a curto prazo. 3) Na comparação entre exercício terapêutico versus o uso da órtese não houve diferença entre grupos a curto prazo (DM = 0,20 IC 95%: -1,74 a 2,14), porém o uso da órtese foi superior a longo prazo (DM = 2,66 IC 95%: 0,18 a 5,14), avaliado por um estudo. 4) A inclusão de exercícios terapêuticos associado ao uso da órtese resultou em uma redução média do ângulo de Cobb de -2,25 graus (IC 95%: -3,86 a -0,63) a curto prazo, com moderada certeza na evidência comparado ao uso da órtese isolado. Não houve diferença entre grupos a longo prazo. Portanto, há uma eficácia potencial dos exercícios terapêuticos na gestão da escoliose idiopática do adolescente e a recomendação para práticas clínicas devem ser feitas considerando as limitações das evidências atuais. Há necessidade de que mais ensaios controlados aleatorizados de boa qualidade metodológica sejam desenvolvidos para reforçar estes achados |