Relação entre desempenho cognitivo, estresse, coping e qualidade de vida de hipertensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Torres, Laura Aló
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28092022-090455/
Resumo: INTRODUÇÃO: A hipertensão (HA) tem sido associada a déficits nas funções executivas (FE), a elevados níveis de estresse e a uma pior qualidade de vida (QV). Porém, a relação entre as FE e as estratégias de enfrentamento do estresse (coping) ainda não foi investigada nesta população, e há poucos dados sobre a relação entre coping e QV. Além disso, nenhum estudo associou o coping com estes fatores em indivíduos hipertensos com diferentes níveis de estresse percebido. OBJETIVOS: Os objetivos deste estudo foram examinar a associação entre as funções executivas e as estratégias de coping (EC) em hipertensos; verificar a correlação entre as EC e os domínios da QV em hipertensos e comparar o desempenho das FE, o uso das EC e a QV de hipertensos com dois níveis diferentes de estresse percebido (baixo e alto). MÉTODOS: Foram aplicados os seguintes instrumentos: Perceived Stress Scale-14 e Brief Coping Orientation to Problems Experienced para avaliar o estresse percebido e o coping, respectivamente; Frontal Assessment Battery (FAB), Controlled Oral Word Association Test - FAS, subteste Sequência de Números e Letras das Escalas Wechsler de Inteligência para Adultos - Terceira Edição (WAIS-III), subteste Dígitos da Escala Wechsler de Memória Revisada (WMS-R) e Wisconsin Card Sorting Test para avaliar as FE; e World Health Organization Quality of Life Questionnaire bref para avaliar a QV. Foram realizadas análises de correlação de Spearman simples e parciais e teste-t para amostras independentes. RESULTADOS: 48 hipertensos foram avaliados (idade média = 58,81 8,78 anos, 70,8% mulheres). Não houve associações significativas entre as FE e as três categorias de coping (foco no problema, foco na emoção e desadaptativas). Houve uma correlação positiva entre o coping focado no problema e o domínio relações sociais da QV, uma correlação positiva entre o coping focado na emoção e a QV geral e uma correlação positiva entre o coping focado na emoção e o domínio relações sociais da QV. O grupo de hipertensos com alto nível de estresse percebido apresentou pior desempenho das FE, maior uso de EC desadaptativas e pior QV no domínio meio ambiente. CONCLUSÕES: Não foi encontrada uma relação significativa entre qualquer medida de FE e as três categorias de coping (foco no problema, foco na emoção e desadaptativas) na amostra de hipertensos. No entanto, um uso mais frequente das categorias adaptativas esteve associado a melhores índices de QV, indicando que quanto maior o repertório comportamental e cognitivo para lidar com o estresse, melhor a QV. Os resultados também sugerem que indivíduos hipertensos com alto nível de estresse apresentam um pior desempenho das FE, utilizam mais EC desadaptativas e têm uma pior qualidade de vida