Caracterização do manejo de bezerras, da qualidade nutricional e microbiológica do colostro e da atitude do tratador de bezerras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Glauber dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-28042015-092841/
Resumo: Um dos motivos do baixo desempenho dos animais está em falhas durante o processo de colostragem, pois ele pode apresentar baixa qualidade nutricional e microbiológica. Após esta fase inicial de vida, o desempenho das bezerras sofre influência direta do manipulador. Na intenção de identificar pontos falhos no processo de criação de bezerras, objetivou-se caracterizar o manejo destes animais, através do levantamento das principais práticas zootécnicas adotadas, avaliar a composição nutricional e microbiológica do colostro fornecido aos recém nascidos e as características do tratador de bezerras. Para caracterizar os sistema de criação de bezerras realizou-se uma entrevista com 179 produtores e/ou técnicos, abordando questões relacionadas a criação de bezerras, desde o manejo da vaca seca até o desaleitamento. Para caracterizar o colostro, foram colhidas 66 amostras, diretamente da ordenha de vacas recém-paridas ou do banco de colostro, com as quais realizaram-se análises bromatológicas e microbiológicas. A avaliação da atitude dos tratadores de bezerras foi realizada através de uma entrevista com 100 tratadores, a qual permitiu colher dados de auto-relatos do responsável pela criação de bezerras. A entrevista foi conduzida com base em questionário semi-estruturado, aplicado por um único entrevistador e direcionado ao tratador de bezerras. Os itens de atitude foram medidos e classificados de acordo com a resposta do entrevistado em uma escala de cinco pontos (Escala de Likert). Através do levantamento foi possível identificar pontos de melhoria na criação de bezerras, principalmente com as vacas pré-parto e acompanhamento dos partos, além de um melhor cuidado com o processo de colostragem desde a identificação da qualidade do colostro até o momento correto de oferecer o alimento ao recém-nascido. Práticas de manejo direcionadas a obtenção de colostro de boa qualidade devem ser priorizadas, além de cuidados com a higienização da colheita e armazenamento do mesmo, pois apenas 22,6% das amostras de colostro atendem a recomendação de qualidade nutricional e microbiológica. Assim, grande parte dos bezerros nesta população estudada está propensa a apresentar falhas na transferência de imunidade passiva e exposta a patógenos quando alimentados com colostro materno. Para algumas variáveis o tratador tem uma atitude positiva, porém na prática o comportamento realizado nem sempre é o mesmo. É possível que os tratadores de bezerras tenham componentes afetivos e cognitivos positivos, ou seja, já tiveram experiência anterior de sucesso com as práticas ou ainda, conhecem a importância técnica das principais ações na criação. Porém, o componente comportamental sobressai sobre algumas ações, levando-os a uma divergência entre a atitude e o comportamento. Programas voltados para educação, treinamento e fortalecimento do comprometimento dos colaboradores é um caminho interessante na tentativa de reduzir as falhas na criação de bezerras.