Efeito do sistema ácido indol-3-acético/peroxidase de raiz forte sobre a viabilidade de Staphylococcus aureus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pugine, Silvana Marina Piccoli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AIA
HRP
IAA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29042008-105235/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a ação do ácido indol-3-acético (AIA) combinado com a peroxidase de raiz forte (HRP), formando um sistema gerador de espécies reativas de oxigênio, sobre a viabilidade de Staphylococcus aureus. Para tal, avaliou-se a viabilidade do S. aureus através da contagem das unidades formadoras de colônias após crescimento em ágar manitol, potencial e integridade de membrana por citometria de fluxo e integridade do DNA através de eletroforese em gel de poliacrilamida. Para realização dos ensaios foram utilizadas cepas de S. aureus recuperadas de casos de mastites clínicas. As cepas foram cultivadas em meio BHI (brain-heart-infusion) a 37ºC \"overnight\". Nos ensaios, o microrganismo foi incubado na ausência (controle) e presença de AIA (1 mmol/L)/HRP (1 µmol/L) em diferentes tempos (0, 1,5, 3 e 6 horas) a 37ºC. Foram realizados também ensaios contendo o microrganismo incubado na presença de AIA ou de HRP. O sistema AIA/HRP inibiu em 96%, 98%, 99% a formação de colônias do microrganismo para os tempos de 1,5, 3 e 6 horas, respectivamente, em relação ao controle em cada tempo. Ocorreu uma redução na polarização da membrana do microrganismo em 38, 69 e 99% nos tempos 1,5, 3 e 6 horas, respectivamente e uma diminuição significativa do número de microrganismos com membrana integra de 17 e 22% quando estes foram incubados por 3 e 6 horas, respectivamente em relação ao controle nos respectivos tempos. A adição das enzimas antioxidantes catalase ou superóxido dismutase ao meio de incubação não alterou o efeito deletério promovido pelo sistema AIA/HRP avaliado pelas unidades formadoras de colônias, despolarização e integridade de membrana. O sistema AIA/HRP não induziu a fragmentação do DNA do S. aureus após 3 e 6 horas de incubação. No presente estudo, foi possível verificar que a oxidação do AIA pela HRP produz uma resposta citotóxica potente capaz de promover a inibição do crescimento de S. aureus em ágar manitol, provocar a despolarização e a perda da integridade da membrana do microrganismo, sugerindo a possibilidade da utilização do sistema AIA/HRP como uma possível terapia alternativa contra bactérias.