Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Murillo José Torelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-14042014-111014/
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Resumo: |
No presente trabalho trato das escolhas contábeis nas empresas genuínas exploradoras de propriedades para investimentos que têm suas ações negociadas no Brasil. A escolha do tema é pelo fato das normas contábeis (CPC 28, correspondente ao IAS 40) permitirem a mensuração das propriedades de investimento ou por custo histórico ou por valor justo. O objetivo do trabalho foi investigar os fatores (individuais ou em conjunto) que possam ter influenciado os agentes internos da empresa a escolher o critério de mensuração. Tais fatores, conforme a literatura, são: grau de alavancagem, custo político, grau de concentração acionária, relevância da informação e aversão a mudanças por parte do elaborador da informação contábil. No trabalho exponho dados secundários das doze principais empresas de capital aberto exploradoras de propriedades para investimento com o objetivo de identificar as características de cada uma das empresas. Para obter conhecimento mais profundo sobre as escolhas contábeis, adotei um método inovador no Brasil, ao menos nessa linha de pesquisa (mensuração de propriedades para investimento) com entrevistas semiestruturadas em duas das mais relevantes empresas do setor (uma de custo histórico e outra de valor justo). Os resultados das entrevistas reforçaram que há características relevantes distintas das empresas que podem explicar as escolhas contábeis. Tais achados, para fins de validade interna, foram confrontados com mais três empresas externas às entrevistas, e as mesmas características encontradas nas entrevistas foram também encontradas nas três empresas usadas para validação. Como resultado dos dados analisados identifiquei que as empresas optantes pelo custo histórico têm seu modelo de negócio (estratégia para ser competitiva e criar valor) pautado na \"visualização do dono\" fundador e acionista controlador, que por sua vez participa desde a escolha do local para aquisição do terreno até seleção dos clientes para quem irá locar o empreendimento. Já as empresas de valor justo são empresas com origens no mercado financeiro, não têm controle acionário concentrado e seus acionistas são fundos de investimento internacionais que cobram resultados mais expressivos da companhia, resultados esses antecipados pela adoção do valor justo. Além disso, as companhias de valor justo, diferente das de custo histórico, adquirem a maior parte de seus empreendimentos e atendem as classes emergentes da economia; já as empresas de custo histórico constroem seus empreendimentos e buscam a atender as classes mais altas da economia. Ou seja, o modelo de negócio das empresas exploradoras de propriedade de investimento explica a escolha contábil de se mensurar ou pelo custo histórico ou pelo valor justo a conta no balanço patrimonial. E essa é a principal contribuição do trabalho: a explicação do principal fator que motiva a adoção do valor justo ou do custo histórico que é o modelo de negócio de cada companhia. |