Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bitencourt, Mariana Rechia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-25042024-153831/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Apesar da descoberta da sintetização dos glicocorticoides terem revolucionado a medicina na década de 50, pouco se avançou no reconhecimento e no manejo da insuficiência adrenal central (IAC) desde então. Os métodos diagnósticos na IAC são limitados, dependentes de testes de estímulo trabalhosos, onerosos e muitas vezes passíveis de efeitos colaterais graves. Frente aos atuais desafios na determinação da IAC, o presente estudo objetivou investigar o desempenho de possíveis biomarcadores a serem utilizados no diagnóstico da IAC. METODOLOGIA: Foram realizadas duas abordagens metodológicas: 1- Análise retrospectiva de dados de prontuário de pacientes institucionais com suspeita de IAC e comparação dos níveis de sulfato de dehidroepiandrosterona (SDHEA) através da Razão de SDHEA (valor hormonal mensurado/limite inferior da referência para sexo e idade). 2- Estudo transversal com metabolômica exploratória por infusão direta (DIMS) de pacientes com hipopituitarismo congênito e IAC. RESULTADOS: A razão de SDHEA 0,79 apresentou 94,7% de especificidade e 83,3% de sensibilidade em predizer IAC dentre pacientes com IAC e hipopituitarismo congênito (AUC:0,936). Quando analisado cenário com diversas etiologias de IAC em hospital terciário a razão de SDHEA 0,85 apresentou especificidade de 76,4% e sensibilidade de 65,8% na predição de IAC (AUC 0,752). Análises de metabolômica exploratória apontou 6 possíveis biomarcadores da deficiência de ACTH (N-Acetyl-S-(N-methylcarbamoyl)cysteine, Histidinol-phosphate, Oxoadipic acid, Phosphatidylethanolamine, Farnesyl pyrophosphate, Galactitol) que demostraram, associados, curva ROC com AUC de 0,97 na diferenciação de pacientes deficientes de ACTH comparados a controles portadores de Hipopituitarismo e AUC de 0,851 na distinção entre controles saudáveis. CONCLUSÃO: Este trabalho pôde demostrar que o uso da razão de SDHEA é uma ferramenta útil para diagnóstico de IAC em população adulta. Também a investigação com metabolômica exploratória apontou potenciais candidatos a biomarcadores de IAC. Trabalhos com metabolômica direcionada e quantitativa (targeted) ainda são necessários para corroborar esses achados |