Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1989 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Luiz Roberto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-19122017-171428/
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Resumo: |
O objetivo geral deste trabalho é contribuir para o desenvolvimento tanto da Epidemiologia, campo de investigação do processo saúde-doença na sociedade, como do conhecimento epidemiológico sobre a desnutrição proteico-energético (DPE) em crianças brasileiras. Procurou-se aplicar a interpretação materialista-histórica na construção de um modelo teórico explicativo da ocorrência endêmica da DPE. Esta análise teórica orientou a elaboração de um diagnóstico conjuntural e também a escolha de características individuais e familiares que melhor expressasse o vínculo das condições biológicas com as sociais. Os dados empíricos referem-se ás crianças menores de dois anos de uma amostra de 12 por cento da população civil não institucionalizada da cidade de Botucatu-SP. Foram colhidos no período compreendido entre abril de 83 a março de 84, por um inquérito antropomêtrico-social executado mediante entrevistas domiciliares. O estado nutricional foi avaliado pelo perfil do crescimento (distribuições centilares do comprimento/idade e do peso/comprimento em relação ao padrão NCHS/USA), e pela prevalência da DPE (deficiência de peso, segundo Gómez, em relação ao padrão Santo André IV). Utilizaram-se as informações sobre a idade da criança, os rendimentos familiares, a escolaridade da mãe e o peso ao nascer para analisar o estado nutricional. O estado nutricional encontrado mostrou-se compatível com as condiçbes de desenvolvimento locais e regionais, expressando um padrão médio de consumo alimentar e de outros bens básicos melhor do que o observado em outras regiões brasileiras. Encontrou-se risco de DPE à partir dos seis meses de idade semelhante ao encontrado para o segundo ano de vida. Explicou-se tal achado pelo maior grau de exposição das crianças daquela faixa etária a conjuntura mais adversa do período em foco. Rendimentos familiares inferiores a 1,28 salários-mínimos \"per-capita\", escolaridade materna inferior ao primário (menos que 4 anos) e peso ao nascer inferior a 2.500g mostraram-se associados a maiores riscos de DPE. Rendimentos familiares de 1,5 ou mais salários mínimos \"per-capita\" e escolaridade superior (12 ou mais anos) mostraram-se isentos de DPE moderada, grau II. Peso e comprimento mostraram-se correlacionados diretamente com o peso ao nascer, mais fortemente para menores de 1 ano e para rendimentos familiares de 1 salário-mínimo \"per capita\" ou mais. Recomendou-se o esclarecimento das relações do tipo de parto com peso ao nascer e aleitamento materno em futuras investigações. Recomendou-se também a aplicação de algumas das conclusões para a melhoria dos serviços de assistência à criança. |