Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Larissa Brito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-05102020-130551/
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Resumo: |
O Parto Pré-Termo (PPT) está relacionado a um elevado grau de morbidade materna e neonatal. Embora sua etiologia seja multifatorial, as infecções bacterianas têm sido responsabilizadas por até 50% dos casos, constituindo um importante fator de risco. Dentre as potenciais bactérias que podem estar associadas ao PPT, destacamos a Chlamydia trachomatis (CT). Por isso, este trabalho visou avaliar a associação entre infecção por Chlamydia trachomatis e PPT espontâneo (PPTe) nas gestantes da coorte pré-natal do Projeto BRISA. Para isso, foram analisadas parte das gestantes entre 20 e 25 semanas e 6 dias provenientes da coorte pré-natal de 2010-2011 do Projeto BRISA. Neste recorte, incluímos todas as gestantes de PPTe e os casos de parto a termo (Controle) foram selecionados randomicamente. Para o diagnóstico de CT, foi realizado Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com amostras de conteúdo cervicovaginal. Os mediadores inflamatórios TGF-α, IFN-γ, IL-10, IL-13, IL-1α, IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-8, TNF-α, TNF-β foram dosados por Ensaio Multiplex®, as MMP-2 e -9 foram quantificadas por Ensaio Imunoenzimático (ELISA) a partir de amostras de plasma. As gestantes incluídas também para coleta de dados sociodemográficos, comportamentais e histórico clínico. Todas as participantes assinaram o TCLE concordando em participar do estudo e as amostras foram coletadas no momento da inclusão. Os dados obtidos foram analisados pelo software SAS - versão 9.4 e os resultados com p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Ao todo, foram analisadas 561 gestantes, sendo 121 de PPTe e 440 de parto a termo. Dentre os principais achados, destacamos a ausência de associação entre a infecção por CT e desfecho de PPTe (OR 1,127; IC 95% 0,497 - 2,558) e a relação entre histórico de PPT prévio e desencadeamento de um PPTe (aOR 17,442; IC 95% 8,773 - 34,677). Ainda, foi observado maior frequência de diagnóstico positivo para CT entre as gestantes com idade igual ou inferior a 19 anos (p=0,0032; OR 4,046; IC 95% 1,734 - 9,436). Os níveis de TGF-α, IFN-γ, IL-10, IL-13, IL-1α, IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-8, TNF-α, TNF-β não diferiram entre as gestantes, no entanto, o nível de MMP-2 esteve aumentado no grupo Controle (p=0,0184), já no caso da MMP-9, seus níveis estavam significativamente aumentados no grupo de PPTe (p<0,0001). Desta forma, a infecção por Chlamydia trachomatis não esteve associada ao desfecho de PPTe na parcela da coorte BRISA analisada, no entanto, a associação da bactéria com gestantes jovens sugere maior cautela no manejo clínico dessas pacientes. A avaliação do perfil imunológico de gestantes deve ser mais profundamente investigada para que se possa chegar a uma conclusão concreta sobre a relação de algum mediador e o desfecho gestacional. |