Literatura e Museu: estudo dos museus literários Casa Guilherme de Almeida (SP) e Museu Casa Guimarães Rosa (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Valle, Ana Luiza Rocha do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-07112016-123416/
Resumo: Este trabalho apresenta alguns dos desafios e possibilidades em torno da musealização da literatura, dando ênfase à via expositiva. Buscamos referências nas discussões nacionais e internacionais sobre o tema, além de uma pesquisa de campo que compreendeu instituições brasileiras, húngaras, francesas, georgiana e sueca. Além do debate teórico em si, traçamos históricos breves de duas organizações: o Comitê Internacional de Museus Literários e Casas de Compositores do Conselho Internacional de Museus, e a Federação Nacional das Casas de Escritores e Patrimônios Literários da França. Dentre as problemáticas abordadas, tratamos das formações de identidades nacionais e da necessidade de que museus - literários ou não - lidem com os conflitos. Com base nesses parâmetros e por meio do estudo da Casa Guilherme de Almeida (SP) e do Museu Casa Guimarães Rosa (MG), discutimos estratégias expográficas e questões curatoriais ligadas à literatura. A ênfase recaiu sobre as exposições de longa duração vigentes nos dois museus: uma sem título, de 2010, no museu paulistano e Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos, de 2012, no mineiro. Ademais, foram estudados os históricos dessas duas instituições, para que pudéssemos compreender a relação delas com o universo literário e com a concepção de museu - nem sempre presente ou mesmo bem aceita nas casas de escritores. A premissa estabelecida para análise dos dados à luz da discussão bibliográfica foi a de que tanto museus quanto literaturas possuem uma função social. Ela se compõe, entre outros elementos de um potencial humanizador ou transformador. Para fundamentar esse conceito, trouxemos as ideias de Mário Chagas, Marília Cury, Mirela Araújo, Waldisa Rússio, Antoine Compagnon, Antônio Cândido e Tzvetan Todorov. Compreendemos que, apesar das posições antagônicas normalmente atribuídas aos dois últimos, há pontos de convergência importantes em ambos os trabalhos no que tange ao potencial humanizador da literatura.