Brasil e China em Moçambique: cooperação internacional para o desenvolvimento nas duas primeiras décadas do século XXI

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Bambo, Tomé Fernando
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Brasil; Brazil; China; Cooperação Internacional para o Desenvolvimento; International Cooperation for Development; Moçambique; Mozambique; Projetos
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-28042022-104416/

A presente pesquisa teve como objetivo geral demonstrar a dinâmica da cooperação internacional para o desenvolvimento (CID) do Brasil e da China com África no século XXI e em particular com Moçambique com argumento de que, esta relação vem desde o período das independências africanas, com revês nos anos de 1980 e 90 e ganha proeminência no virar do século. Buscando averiguar os aspectos que contribuíram para intensificação dessa interação nas duas décadas do século XXI, ficou provado na literatura e por meio de dados que este fenômeno tem uma relação direita com as mudanças operadas no sistema internacional no final do século passado e, ao nível interno, no Brasil, na China que abriram espaço para o intercambio com África. No novo contexto, Brasil e China expressam a sua cooperação, simultaneamente, de forma semelhante, subjacente nas narrativas de identidade compartilhada, espirito de solidariedade, horizontalidade, livre condicionalidades, promoção de desenvolvimento mútuo com Moçambique e, no uso da CID para os seus próprios interesses políticos, econômicos e aumento de soft power para a projeção da sua imagem no cenário internacional e, diferentes na priorização dos medelos de cooperação. Para se chegar a esses resultados, foi analisado o contexto sistêmico do século XXI, a história das relações do Brasil com África e da China com África com ênfase para Moçambique e realizou o mapeamento e analise dos projetos nos setores de agricultura, infraestruturas, saúde e educação.