Comportamento bioquímico e fisiológico plantas de cana-de-açúcar (Saccharum spp. var. NA56-79) regeneradas “in vitro” e em presença de herbicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Machado, Isaac Stringueta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-100450/
Resumo: Plantas de cana-de-açúcar (Saccharum spp var. NA56-79) tolerantes ao ametrin (4-etilamino-6- isopropilamino-2-metiltio-1,3,5,-triazina) e dalapon (ácido 2,2-dicloropropiônico) foram regeneradas através da cultura de tecidos, em presença de diferentes concentrações dos herbicidas (0, 20, 40, 80 e 160 ppm) nos meios de cultura indutores da parte aérea e raiz. O experimento foi conduzido na Seção de Bioquímica de Plantas do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, por um período de 10 semanas; os frascos de cultura foram incubados a uma temperatura de 24°C e iluminação fluorescente-incandescente. A frequência de regeneração das plantas foi feita através de avaliações visuais semanalmente. A maior regeneração de plantas de cana-de-açúcar tolerantes foi observada no tratamento com o herbicida triazínico ametrin, mesmo na concentração de 40 ppm, onde foram obtidas plantas inteiras. O dalapon mostrou ser o mais fitotóxico inibindo, na concentração de 20 ppm, a regeneração da parte aérea. Foi realizado ainda, um estudo do comportamento anatômico-fisiológico de plantas de cana-de-açúcar da mesma variedade, regeneradas em cultura de tecidos e cultivadas em solução nutritiva completa de Hoagland e Arnon em diferentes combinações: tempo de exposição (0, 2, 8, 32, 128 e 512 horas) concentração de dalapon (0, 25, 50 e 75 ppm). As plantas regeneradas foram testadas em casa de vegetação, por um período de 6 semanas e avaliadas através de medidas semanais de crescimento; produção final de matéria fresca e seca e quantificação das proteínas e açucares solúveis totais e redutores. O dalapon apresentou progressiva inibição do crescimento das plantas em combinações crescentes superiores a 32 horas de exposição - 25 ppm do herbicida. Efeitos teratogênicos na formação das plantas foram também observados. Combinações superiores a 32 horas de exposição - 50 ppm de dalapon promoveram aumento na estimativa do teor de proteínas, pela elevação dos níveis de nitrogênio total na planta. A presença de dalapon na solução nutritiva não alterou ou provocou a diminuição do teor de açúcares solúveis totais e redutores das plantas testadas. Os resultados diferem parcialmente daqueles obtidos em outros estudos da ação fitotóxica dos mesmos herbicidas em cultura de células de cana-de-açúcar não diferenciadas ou naquelas plantas propagadas e cultivadas de maneira convencional. Isso evidencia a ocorrência de variação somaclonal nas plantas regeneradas na cultura de tecidos. A técnica de regeneração de plantas prestou-se, portanto, à indução de variabilidade genética, ou à manifestação de variabilidade genética natural já existente na população original.