Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Paula, Carolina Castelli de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-24092015-111916/
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Resumo: |
A presente pesquisa avaliou as fantasias e a construção da parentalidade em pais de crianças com dermatite atópica. Em alguns casos, desde cedo, os bebês denunciam, por meio de sintomas, possíveis entraves emocionais no vínculo com os pais. Esses obstáculos podem se traduzir em distúrbios psicofuncionais, que são considerados manifestações de ordem somática ou do comportamento da criança, sem causa orgânica, associados a um determinismo psicológico e, de modo geral, sinalizam dificuldades na interação pais/bebê. A dermatite atópica é um bom exemplo de doença psicossomática. Referências bibliográficas apontam que a dermatite atópica pode ter início em qualquer idade; contudo, é considerada uma doença característica da infância. Em relação ao surgimento da dermatite atópica, do ponto de vista biológico, estão associados: pele seca, hipersensibilidade, predisposição genética, reatividade vascular alterada entre outros fatores. Na perspectiva dos aspectos psicológicos, autores da psicanálise associam que as crianças que não tiveram as necessidades de estimulação tátil e cutânea devidamente fornecidas podem desenvolver uma tendência a regredir em seu desenvolvimento emocional com o desenvolvimento ou ressurgimento dos sintomas relacionados à pele. Neste contexto, o objetivo do estudo é investigar as fantasias e a construção da parentalidade em pais de crianças com dermatite atópica. Utilizou-se um método de pesquisa qualitativa. A amostra foi composta por três famílias que tinham um bebê com dermatite atópica, com idade de um a vinte e quatro meses. Primeiramente, foi apresentado aos pais o termo de consentimento. Foi feita uma entrevista semiestruturada com os pais e uma observação psicanalítica com a família, finalizando com uma entrevista de devolutiva para os pais, num total de 3 encontros. Como resultado da pesquisa, percebe-se que, para as mães, o projeto consciente de ter um filho não fazia parte dos seus planos ou surgiu depois de um certo tempo. Observamos que todas elas apresentaram dificuldades em acolher os aspectos infantis de seus filhos, sendo que a subjetividade das crianças era pouco valorizada, Assim, conjecturamos que a dermatite atópica pode ser uma forma que os bebês encontraram para comunicar os entraves. Diferente dos projetos das esposas, dois dos participantes apontaram sobre as aspirações de se tornarem pais, fato que colaborou na vinculação com os filhos |