A crítica filosófica de Luciano de Samósata: análise dos diálogos Comércio de Vidas, O pescador e Duas vezes acusado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Hector Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-03062021-122636/
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar os diálogos de Luciano de Samósata Comércio de Vidas, O Pescador e Duas Vezes Acusado, cuja principal característica é a crítica filosófica. Parte-se do pressuposto de que se relacionam entre si, constituindo uma unidade programática e metapoética. O veio satírico particular de Luciano é determinado pelo contexto retórico da Segunda Sofística, razão pela qual o primeiro capítulo é dedicado a apresentar para o leitor atual alguns tópicos usados como recursos literários pelo autor em outras obras. Para tanto, no primeiro capítulo, busca-se compreender a relação da produção literária do satirista com a filosofia de modo geral, a filosofia cínica em específico, e com o gênero mimo, tendo-se em mente que se trata de um sofista, o que implica considerar a audiência enquanto um importante vetor da produção luciânica. Nos três demais capítulos, cada um dos quais dedicado a pormenorizar a trilogia à luz das conceituações filosóficas e genéricas expostas, reconhecem-se os lugares-comuns e as estereotipagens filosóficas direcionadas a uma audiência que ressurge nos diálogos seguintes. Reconhece-se, outrossim, uma reflexão crítica e técnica contida na constituição metapoética, envolvendo uma mistura de variados gêneros literários, da qual resulta o diálogo cômico.