Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Luana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-24092024-153854/
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Resumo: |
O sucesso reprodutivo depende da competência oocitária, que pode ser prejudicada quando estes gametas são submetidos ao ambiente in vitro. Um dos efeitos comumente observados é o acúmulo excessivo de lipídeos durante a maturação acarretando perda de qualidade, alteração de metabolismo, menor tolerância à criopreservação e redução na taxa de prenhez. Os componentes do meio de maturação in vitro (MIV) e o transporte de biomoléculas entre células do cumulus-oócito via projeções tranzonais (TZPs) e vesículas extracelulares pequenas (VEs) são apontados como fatores cruciais nesse mecanismo. Com isso, nossa hipótese é de que a composição do meio de MIV e a comunicação entre células do cumulus e oócito modulam o acúmulo lipídico intraoocitário, bem como a expressão de genes específicos nos complexos cumulus-oócito (CCOs) bovinos. No Experimento 1 investigamos os efeitos da presença ou ausência de VEs pequenas do soro fetal bovino (SFB) no meio de MIV sobre o acúmulo lipídico intraoocitário após 9 h de maturação através da caracterização das VEs do SFB quanto à presença, tamanho e concentração, e avaliando o seu efeito em diferentes meios de MIV sobre o acúmulo de gotas lipídicas no oócito e taxa de maturação. Comprovamos a presença de VEs no SFB, tendo tamanho médio de 144nm e concentração 1,15¹¹ partículas/mL. Não houve efeito da presença/ausência no acúmulo de gotas lipídicas e na taxa de maturação. No Experimento 2 analisamos a influência do tempo de comunicação no CCO via TZPs sobre o acúmulo lipídico intraoocitário durante a MIV validando o sistema de pré-MIV como modelo experimental, e avaliamos o acúmulo lipídico em CCOs que passaram por pré-MIV e foram maturados em meio MIV convencional (MC) e em meio MIV modificado (MF). Foi analisado o acúmulo de gotas lipídicas e taxa de maturação nos oócitos, além dos transcritos e genes específicos em CCs após 9h de MIV (RNASeq). Não houve diferença no acúmulo de gotas lipídicas entre os grupos, mas houve uma tendência de maior acúmulo lipídico em oócitos que passaram pela pré-MIV. As taxas de maturação não foram diferentes. Os resultados do RNASeq mostram efeito da presença/ausência da pré-MIV no padrão de transcritos, identificando 83 genes diferencialmente expressos (DEGs): genes da via de regulação do citoesqueleto de actina no grupo PMIV; e genes que regulam as vias de processamento de proteínas pelo retículo endoplasmático, sinalização do estrógeno, sinalização da TGF-beta e de metabolismo lipídico no grupo MIV. Analisando os genes específicos pelo valor de transcritos por milhão (TPM), encontramos os genes SCD e ATF4 aumentados no grupo PMIV; e genes ACACA, FABP3 e HSPA5 aumentados no grupo MIV. Concluímos que a presença/ausência das VEs do SFB não é um fator determinante para o acúmulo lipídico oocitário tampouco para alterar o desenvolvimento oocitário durante a MIV. Por outro lado, a modulação da comunicação no CCO através da pré-MIV se mostrou um modelo promissor para entender o mecanismo pelo qual o oócito acumula mais lipídios no ambiente in vitro, uma vez que foram observados efeitos sobre os transcritos e genes específicos em CCs com uma alteração discreta no fenótipo oocitário. Estudos envolvendo genes relacionados a lipólise e lipogênese em oócitos que passaram por pré-MIV são interessantes como próximo passo, pois os oócitos que passaram por pré-MIV podem estar suprimindo a expressão desses genes por acumularem mais gotas lipídicas em seu citoplasma. |