Elementos estruturais MLC confeccionados com madeira de Jacaranda copaia e reforçados externamente com madeiras nativas amazônicas por meio de poliuretano a base de Ricinus vulgaris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Rafael de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MOE
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-22032023-110025/
Resumo: O Brasil detém uma das maiores biodiversidades do mundo, que representa igual diversidade de espécies vegetais. Por conta disso, muitas são as espécies madeireiras disponíveis para consumo no país. No entanto, a demanda nacional e internacional de madeira gira e torno de um seleto grupo de espécies que colhidas a longo prazo podem representar uma perda na diversidade florística das áreas exploradas. Uma opção é inserir espécies de baixa densidade no mercado, como a espécie Jacaranda copaia, popularmente conhecida por Pará Pará a fim de diminuir a pressão de mercado nos grupos já estabelecidos. Para tal, tecnologias como MLC podem representar opções para agregar valor a essa madeira. Esta tecnologia garante a produção de elementos estruturais através da colagem de lamelas de madeira posicionada de modo a gerar uma estrutura com o melhor desempenho mecânico possível. Este trabalho buscou avaliar elementos estruturais produzidos com madeira colada de Jacaranda copaia e reforçados com lamelas externas confeccionadas com madeira das espécies Tauari e Muiracatiara. A madeira de Pará Pará foi caracterizada tecnologicamente para avaliar suas propriedades físicas, mecânicas e químicas. Posteriormente, foi produzida uma prensa hidráulica para produção do material colado. Vigotas e corpos de prova de cisalhamento na linha de cola foram produzidos para avaliar o desempenho da madeira como MLC. O adesivo utilizado foi o Poliuretano a base de mamona. Quimicamente o Pará Pará apresentou teor de cinzas 0,52%, extrativos 4,8%, lignina 27% e holocelulose 67%. Para os ensaios mecânicos de caracterização, foram obtidos os resultados de 35,94 Mpa para resistência na Flexão estática, 6,77 GPa para MOE na flexão estática, 23,97 Mpa para compressão paralela e 6MPa para cisalhamento. Para todas as propriedades, os valores observados ficaram abaixo dos encontrados em literatura para a mesma espécie. Os ensaios físicos demonstraram que a madeira possui densidade básica de 0,29 g/cm3, densidade aparente de 0,37 g/cm3, teor de umidade máximo de 280%, contração volumétrica de 11% e coeficiente de anisotropia de 1,79. Em relação à madeira maciça, Vigotas de Pará Pará reforçadas com as lamelas de reforço de outras espécies conseguiram maior resistência e rigidez no esforço de flexão estática, sem diferença estatística entre os tratamentos. As vigas com lamela de reforço de muiracatiara apresentaram 7513,92 Mpa de MOE enquanto as com reforço de tauari alcançaram 7335,45 Mpa de MOE. Para os mesmos tratamentos, os valores de MOR foram respectivamente de 38,39 e 40,42 Mpa. A linha de cola da interação Pará-Pará e Tauari foi a mais resistente ao esforço de cisalhamento, superando a resistência da linha de cola da interação Pará-Pará Muiracatiara e Pará-Pará com a mesma espécie. A equação utilizada para calcular o módulo de elasticidade teórico para as vigotas gerou valores próximos o suficiente do valor real a ponto de não haver diferença estatística.