Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Migot, Júlia Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-08012014-153430/
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Resumo: |
Nos últimos anos, os conhecimentos sobre a dimensão morfológica da língua começaram a ser investigados a partir da Psicologia Cognitiva a respeito de seu papel na aprendizagem da língua escrita como elemento importante na estruturação de significados das palavras. Esta dimensão enfoca os morfemas, as menores unidades de sentido da língua e as regras para a formação das palavras. Alguns estudos no Brasil confirmam que desde cedo a criança em processo de alfabetização possui algum conhecimento morfológico implícito, antes mesmo de tomar consciência de sua existência e que este contribui, de modo independente da consciência fonológica, para leitura e escrita. O objetivo desse estudo foi verificar as habilidades morfológicas no uso da linguagem oral em crianças da Educação Infantil (Infantil II) e do Ensino Fundamental (1º ano e 2º ano) e sua relação com vocabulário expressivo. Duas hipóteses orientam este estudo. A primeira diz respeito à existência de habilidades morfológicas implícitas anteriores ao processo de alfabetização, considerando os conhecimentos implícitos como as regularidades percebidas na língua oral, que antecedem o aprendizado explícito, elaborado e refletido destes mesmos conhecimentos. Outra hipótese se apoia no fato de que o aumento do vocabulário está relacionado diretamente com o aumento dessas habilidades e vice-versa. Realizamos um estudo de caráter transversal, com 24 alunos de Infantil II, 19 alunos do 1º ano e 21 alunos do 2° ano escolar de uma Escola Municipal de Educação Infantil e de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental da cidade de São Paulo. A coleta de dados envolveu a aplicação do teste de vocabulário expressivo (ABFW Parte B Vocabulário) por meio do qual se avaliou tanto as palavras conhecidas, quanto as estratégias de substituição lexical; a Tarefa de Produção de Neologismo, com o propósito de avaliar a produção de palavras novas a partir de uma definição, sendo esperado o uso de estratégias de prefixação e sufixação e da Tarefa de Definição, com o propósito de avaliar a definição de palavras complexas (prefixadas e sufixadas), bem como o uso de estratégias de definição, conforme o grau de aproximação dos significados dicionarizados. Os resultados foram analisados em termos do efeito de série/idade sobre as variáveis avaliadas, referentes a vocabulário e morfologia, bem como as correlações entre as mesmas, em função do ano escolar. Encontramos como principais resultados evidências da ampliação de conhecimento morfológico em todos os anos escolares investigados, assim como o aumento do vocabulário expressivo. Nas tarefas de definição de palavras afixadas e de produção de neologismo os participantes se saíram melhor na manipulação dos itens que envolviam sufixo. Observamos que os conhecimentos de morfologia derivacional e de vocabulário estão significativa e positivamente correlacionados. Avançamos no estudo de como estas variáveis estão relacionadas de modo cada vez mais forte, conforme a ampliação da experiência escolar e de como a criança utiliza de modo produtivo seus conhecimentos linguísticos |