Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Fernando Homem de Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-04062021-153411/
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo verificar se os níveis da radiação gama ambiental na cidade de São Paulo, que, de acordo com pesquisas anteriores, são relativamente elevados em relação à média mundial, poderiam estar relacionados a uma composição radioativa do solo naturalmente elevada. Foram feitas medidas diretas da taxa de dose a 1 m de altura com um equipamento portátil nos parques da cidade, por serem locais onde a radiação gama ambiental é emitida predominantemente pelo solo. Além disso, determinou-se através de espectroscopia gama de alta resolução a concentração de radioisótopos em amostras de solo coletadas nos mesmos parques. Foi introduzida uma terceira metodologia, inédita na literatura, para a determinação, para a determinação da taxa de dose a 1 m de altura a partir da medida feita em profundidade no solo. Através de cálculos analíticos e pelo método de Monte Carlo, verificou-se que no modelo de geometria semi-infinita existe uma razão bem definida de 46% entre as taxas medidas nas duas situações. Isto possibilitou avaliar, através da medida em profundidade, a taxa de dose a 1 m de altura correspondente à radiação do solo mesmo em locais onde a medida direta é afetada por outras fontes, principalmente materiais de construção. A validade desta conversão foi verificada experimentalmente nos locais onde o modelo semi-infinito era aproximadamente satisfeito. As três metodologias, dentro das limitações existentes para que pudessem ser comparadas, forneceram resultados bastante coerentes. Tentou-se utilizar a dosimetria termoluminescente como uma quarta técnica para fins de comparação, mas o procedimento adotado apresentou falhas que precisam ser investigadas com mais detalhes. Os resultados mostraram que em geometrias planas, as taxas de 1 m de altura de equivalente de dose ambiente devidas à radiação do solo seguem com muito boa aproximação uma distribuição log-normal. A mediana da função ) ajustada foi de 81 nSv/h, ou equivalentemente, 66 nGy/h para a taxa de dose no ar, com \'1 GRAUS\' e \'3 GRAUS\' quartis de 53 e 83 nGy/h, respectivamente. Este valor está acima da mediana mundial para a radiação do solo relatada na literatura, que é de 57 nGy/h. Comparando os resultados destes trabalho àqueles obtidos em áreas urbanizadas da cidade, verifica-se que a presença de contruções aumenta significativamente (cerca de 33% em ambientes abertos e 115% em ambientes fechados) a taxa de dose da radiação gama ambiental. Os resultados de espectroscopia gama indicam distribuições largas das atividades específicas de \'ANTPOT. 232 Th\', \'ANTPOT. 226 Ra\'e \'ANTPOT. 40 K\', principalmente para o último elemento. As medianas encontradas foram, respectivamente, 75 Bq/kg, 41 Bq/kg e 176 Bq/Kg no solo seco. Em relação aos valores médios mundiais, o solo de São Paulo apresenta baixa concentração de \'ANTPOT. 40 K\'. O teor de \'ANTPOT. 226 Ra\' é praticamente equivalente e o de \'ANTPOT. 232 Th\' é duas vezes mais alto, mostrando que este último isótopo é o maior responsável pela taxa de dose da radiação gama do solo da cidade |