Kant e Schiller: conflitos e diálogos entre entendimento e sensibilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santana Junior, Paulo Borges de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08032016-150501/
Resumo: A proposta estruturante deste trabalho é problematizar, em diferentes temas, o lugar das preocupações estéticas ou sensíveis nos textos de Kant à luz de A Educação Estética do Homem. Partindo sempre da letra de Kant, elaboramos as questões e as posturas desse autor no que diz respeito ao campo estético no modo da escrita kantiana, na formulação dos princípios morais e na promoção da tarefa moral entre os homens. O nosso objetivo é, por um lado, ressaltar a importância dessas questões e, por outro lado, mostrar a possibilidade de, sem desrespeitar os princípios kantianos, assumir posturas distintas das de Kant. Nesse empreendimento, Schiller, enquanto poeta-filósofo ou filósofo-poeta, mostra-se sobretudo na obra supracitada o autor que, de maneira destacável, compreende os princípios da razão e defende uma postura original de exercitá-los. Reconhecendo que a sensibilidade não tem muito a acrescentar na fundamentação de princípios racionais defendida pelo entendimento analítico, Schiller reserva-lhe um papel totalmente diferente no que se refere ao desafio humano de agir segundo tais princípios num mundo em que as contingências nunca se fazem ausentes (num mundo ininterruptamente pulsante). Se a compreensão exata da legislação da razão necessita atravessar o caminho escolástico ou analítico das Críticas, sendo, portanto, acessível a poucos homens, a tarefa da razão necessita se apresentar como exequível a todo e qualquer homem que a queira. Não se trata aqui de afirmar que a educação estética executa melhor essa tarefa que o projeto do esclarecimento, mas apenas que aquela educação, embora se coloque numa perspectiva plenamente humana, não representa um perigo à pureza ou incondicionalidade da razão.