Em torno das abordagens críticas ao espaço urbano: os diferentes sentidos da periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Kaecke, Janaina de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17042015-181935/
Resumo: Essa pesquisa tem como objeto de estudo a formação do conceito de periferia urbana na Geografia brasileira ao longo da década de 1980. Para isso, são valorizados como filtros, a funcionalidade estrutural atribuída à realidade periférica e a discussão acerca da centralidade da distância enquanto um elemento definidor da periferia urbana. Isso é pensado tendo como referência o movimento de renovação disciplinar interno à Geografia ocorrido na década de 1970 e que, no contexto brasileiro, foi acompanhada pelo fortalecimento dos estudos marxistas e pela preocupação em produzir um conhecimento socialmente engajado. Outro aspecto valorizado em nossa dissertação é o diálogo estabelecido entre a Geografia urbana com outras ciências sociais, em especial a Economia, a Sociologia e o Urbanismo, na formulação de suas pesquisas sobre a periferia urbana. Tais disciplinas iniciaram os estudos sobre tais realidades num momento anterior à Geografia, sendo referências importantes para os estudos realizados pelos geógrafos. É por meio desse caminho que buscamos assinalar a negação da perspectiva ecológica da noção de periferia e a ascensão de explicações fundadas na totalidade social, que são organizadas em duas propostas interpretativas. Em uma delas, valoriza-se a periferia enquanto o local de reprodução da força de trabalho; na outra, a periferia urbana é pensada pelo viés do consumo e da produção do espaço. Para atingir tal objetivo, usamos como fontes de pesquisa teses e dissertações defendidas nos Programas de Pós- Graduação em Geografia da Univerisdade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade de São Paulo, escolhidas pela centralidade que possuem na produção acadêmica nacional. A potencialidade em trabalharmos com teses e dissertações está no fato de serem estudos empíricos, que nos permitem refletir sobre o uso dos modelos para compreender as realidades analisadas.