Estudo da associação entre os alelos DR e DQ de antígenos de histocompatibilidade leucocitária (HLA) e pênfigo vulgar em pacientes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gil, Julio Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-10012017-105831/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pênfigo Vulgar é uma doença bolhosa mucocutânea autoimune caracterizada pela formação de bolhas ou ulcerações dolorosas que afetam as superfícies cutâneas e/ou mucosas. A perda do contato célulacélula entre os queratinócitos do epitélio (acantólise) resulta na manifestação clínica do Pênfigo Vulgar. Autoanticorpos IgG se ligam às desmogleínas - anti-desmogleína 3 (Dsg3) e/ou anti-desmogleína 1 (Dsg1) -e são críticos na patogênese da doença. A predisposição genética ao PV, principalmente com alelos HLA DR e DQ, foi revelada desde a década de 80 e foi comprovada por análises genéticas e sorológicas, repetidas vezes. As características singulares da população brasileira favorecem estudos genéticos exploratórios. PACIENTES E MÉTODO: O grupo em estudo incluiu 51 pacientes com diagnóstico confirmado de Pênfigo Vulgar de um hospital terciário da cidade de São Paulo, estado de São Paulo, sudeste do Brasil. Foi realizada a extração de DNA e a tipificação de HLA A, B, C, DR e DQ por meio de kits QIagen (QIAamp DNA Mini Kit®). O grupo controle foi composto a partir de um banco de dados de 297 doadores falecidos não relacionados da cidade de São Paulo, que foram tipados pelo mesmo método. Este banco faz parte do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo e contém a idade do paciente na coleta. O nível de significância dos testes estatísticos foi ajustado pela correção de Bonferroni, dependendo da quantidade de frequências fenotípicas avaliadas para o HLA A, HLA B, HLA C, HLA DRB1 e HLA DQB1. RESULTADOS: Os alelos HLAB* 57, HLA-C*15, HLA-DRB1*04:02, HLA-DRB1*08:04, HLA-DRB1*14:01, DQA1*03:01, DQB1*03:02 e o DQB1*05:03 estiveram associados com a susceptibilidade. Ambos os alelos HLA DRB1*04:02 e HLA-DRB1*14:01 e seus respectivos haplótipos DRB1*04-DQA1*03:01-DQB1*03:02 e DRB1*14- DQA1*01:01-DQB1*05:03 conferiram risco à doença. DISCUSSÃO: Os alelos DRB1*04:02 e DQB1*05:03 estão associados com o Pênfigo Vulgar no presente estudo, bem como a diversas populações do mundo. A associação aqui estudada com o DRB1*08:04 foi confirmada por causa deste alelo específico e não do desequilíbrio de ligação a algum gene adjacente. A associação do alelo HLA-B*57 ao pênfigo vulgar é reportada pela primeira vez pelo presente estudo. CONCLUSÕES: Os alelos HLA-B*57, HLA-C*15, HLADRB1* 04:02, HLA-DRB1*08:04, HLA-DRB1*14:01, DQA1*03:01, DQB1*03:02 e DQB1*05:03 estão associados ao Pênfigo Vulgar em pacientes brasileiros