Uso de estatinas em pacientes com doença isquêmica do coração: análise de custo-efetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Luque, Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-06032017-102120/
Resumo: Introdução: As avaliações econômicas completas do tipo custo-utilidade, suportadas por dados de efetividade do mundo real, permitem uma perspectiva diferenciada da avaliação de tecnologia em saúde. Objetivo: Realizar uma análise de custo-utilidade do uso de estatinas para a prevenção secundária de eventos cardiovasculares em portadores de doença cardiovascular isquêmica, e avaliar a variabilidade da efetividade e da razão de custo-efetividade incremental com diferentes classificações de usuários de estatina (incidentes e prevalentes). Método: Um modelo de microssimulação de Markov com 5 estados, ciclos anuais e horizonte temporal de 20 anos, com taxas de desconto de 5% foi desenvolvido. As probabilidades de transição para mortalidade por todas as causas foram extraídas após pareamento por escore de propensão dos dados e tratamento de dados ausentes de uma base secundária de registro assistencial com linkage determinístico com a base de mortalidade do Ministério da Saúde. As probabilidades dos desfechos não-fatais foram obtidas na literatura. As medidas de efetividade (QALY) foram calculadas com dados publicados dos domínios do SF-36 de um estudo realizado com a população do mesmo hospital, no mesmo período e com as mesmas condições clínicas e transformados em medidas de utilidade por modelo validado. Somente custos diretos na perspectiva do reembolso do SUS foram considerados. Resultados: 3.150 pacientes foram pareados após o escore de propensão, 1.050 não usuários de estatina, 1.050 usuários de estatinas classificados como prevalentes e 1.050 usuários de estatinas classificados como incidentes, com diagnóstico de doença cardiovascular isquêmica prévia, com seguimento médio de 5,1 anos. A efetividade das estatinas quando considerados todos os usuários em relação aos não usuários resultou em um HR para mortalidade de 0,992 (IC 95% 0,85; 0,96) e de 0,90 (IC 95% 0,85; 0,96) para os usuários incidentes. A RCEI comparando todos os usuários de estatinas versus não usuários foi de R$5.846,10/QALY e de R$7.275,61/QALY para os usuários incidentes. Conclusão: As estatinas diminuíram a mortalidade por todas as causas, e a análise incluindo usuários prevalentes diminui o tamanho do efeito. O tratamento possui custo-efetividade favorável dentro do limiar de disponibilidade a pagar definido, sendo modificado pela forma de extração do dado de efetividade