Taxonomia de Psophia viridis (Aves: Gruiformes: Psophiidae) com base em caracteres morfológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oppenheimer, Marina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-10072008-114513/
Resumo: Os jacamins-de-costas-verdes, Psophia viridis (Gruiformes, Psophiidae) são endêmicos da Amazônia brasileira e contam, atualmente, com três subespécies reconhecidas: Psophia viridis viridis Spix, 1825; Psophia v. dextralis Conover, 1934, e Psophia v. obscura Pelzeln, 1857, além de P. v. interjecta Griscom & Greenway, 1937, cuja validade tem sido questionada. Estes jacamins distribuem-se alopatricamente ao sul do rio Amazonas, embora a sua distribuição ainda seja pouco conhecida. Os táxons deste complexo nunca passaram por uma revisão taxonômica, e o presente trabalho teve como objetivos testar a validade dos mesmos. Com base no Conceito Filogenético de Espécie, os caracteres morfométricos e de colorido da plumagem foram analisados, buscando-se aqueles que são diagnósticos para cada população, além de refinar a distribuição geográfica dos táxons do complexo. Foram examinados 106 espécimes procedentes de 41 localidades, incluindo todos os tipos, e foram considerados também os registros confiáveis de literatura para delimitar-se a distribuição geográfica. Os dados morfométricos não indicaram diferenças significativas entre os táxons, não apontando também qualquer dimorfismo sexual. Entretanto, a análise dos caracteres de plumagem evidenciou padrões consistentes e distintos para cada um dos táxons, exceto P. v. interjecta, cujos caracteres supostamente diagnósticos, na verdade, são resultado de variação individual. Não foi observada variação clinal ou sinal de intergradação entre estes táxons, mesmo nas regiões próximas às cabeceiras dos grandes rios amazônicos, onde supostamente poderia haver contato entre as populações. Sugere-se que as subespécies correntemente aceitas sejam elevadas ao nível de espécie, a saber: Psophia viridis Spix, 1825, que ocorre no interflúvio Madeira-Tapajós; P. dextralis Conover, 1934, encontrado no interflúvio Tapajós-Tocantins, e P. obscura Pelzeln, 1857, que distribui-se da margem direita do rio Tocantins até o oeste do Estado do Maranhão.