Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Florentino, Antonio Leite |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-11112016-112849/
|
Resumo: |
Os novos paradigmas no setor agrícola almejam a busca por alternativas de maior equilíbrio à entrada e saída de energia do ecossistema. Há muita discussão quanto a reciclagem de lodo de esgoto (LE) pela aplicação no solo, seja pelos aspectos positivos, como fonte de nutrientes às plantas, em especial o fósforo, e condicionador de solo, ou pelos aspectos negativos, com a presença de metais pesados, compostos orgânicos tóxicos e patógenos. Nesta pesquisa foram realizados dois estudos. No primeiro, em Itatinga-SP, objetivou-se avaliar o efeito residual de lodos de esgoto úmido (LU) e lodo seco (LS), aplicados por ocasião do plantio do eucalipto na 1ª rotação de cultivo, nas doses de 10, 20 e 30 t ha 1, sobre a fertilidade do solo (LVAd), a nutrição mineral, a produtividade e nos teores e acúmulos de metais pesados no solo e nos compartimentos aéreos de plantas de eucalipto, aos 45 meses de idade, durante a 3a rotação de cultivo, cerca de 12 anos do resíduo no solo. No segundo, em Itatinga e Angatuba-SP, objetivou-se avaliar a qualidade do solo quanto aos teores de metais pesados em áreas tratadas com diferentes tipos e doses de LE e cultivadas com plantas de eucalipto, entre 10 a 17 anos do resíduo no solo (LVAd, LVd e RQo). Os LEs foram oriundos de ETEs de Jundiaí-SP, Barueri-SP e São Paulo-SP. Em ambos os estudos, os tratamentos foram: fertilização mineral (FM), controle e doses e tipos de LE. Os delineamentos foram em bloco ao acaso, com 8 tratamentos e 3 repetições, no primeiro, e com 5 tratamentos e 4 repetições. Os resultados do primeiro estudo demonstram que houve efeito residual de LU e LS em relação ao manejo de FM, principalmente, em doses mais altas, no aumento da fertilidade do solo (sobretudo, MO, SB, CTC, P, Ca, S, Cu e Zn), nutrição mineral e estoque de nutrientes (em destaque, P, Ca, Cu e Zn), produção (volume de madeira, biomassa aérea e de folhedo depositado no solo) e os teores de metais pesados (As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mo, Ni, Pb, Se e Zn) não evidenciaram contaminação do solo e nem toxicidade ao eucalipto. No segundo, houve efeito residual de LE em relação ao manejo de FM nos atributos do solo e nos teores de metais pesados, principalmente, em doses mais altas. Ainda no segundo estudo, de modo geral, houve efeito residual dos LEs no aumento de MO, SB, H+Al, CTC e V% e os teores de As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mo, Ni, Pb, Se e Zn no solo, em geral, permaneceram abaixo dos valores de prevenção. Todavia, houve relação entre as doses de aplicação do lodo e os teores de metais pesados no solo, ou seja, quanto maior a dose, maiores foram os teores residuais dos metais pesados, sendo tal efeito, mais incrementado nos solos arenosos. Concluiu-se que há efeito residual de LE em relação ao manejo de fertilização mineral com aumento da fertilidade, nutrição, produtividade e os teores de metais pesados não evidenciaram contaminação do solo e nem toxidez no eucalipto |