Custos de produção agrícola sob condições de risco no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Corvalan Latapia, Maria Xenia Isabel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-160740/
Resumo: O presente trabalho analisa o comportamento de estimativas de custo de produção feitas pelo Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de São Paulo sob condições de risco. A principal preocupação é verificar o que acontece com os custos de produção quando se consideram alguns dos coeficientes técnicos de produção como variáveis aleatórias. São consideradas nesta pesquisa as culturas de feijão, trigo, milho, arroz e cana-de-açúcar. Usou-se a análise de sensibi1idade para identificar as variáveis a serem simuladas. O processo consistiu em calcular a participação dos coeficientes previamente escolhidos no custo operacional efetivo. Foram consideradas para a simulação as seguintes variáveis: a) Na cultura do feijão: carpa manual, colheita manual, semente, adubo formulado (4-14-8), calcário, gradeação, pulverização, herbicida, irrigação e fungicida sistêmico. b) Na cultura do trigo: semente, adubo formulado (4-30-10). c) Na cultura do milho: colheita manual, semente, adubo formulado (4-14-8), sulfato de amônia em cobertura, gradeação e aração. d) Na cultura do arroz: semente, adubo formulado (4-14-8), aração, semente e sulfato de amônio em cobertura. e) Na cultura de cana-de-açúcar: corte, adubo formulado (5-20-20), mudas, adubo formulado (19-5-l9), adubo formulado (5-25-25), adubo formulado (20-5-20) e carregamento. Utilizou-se em seguida o método de simulação de Monte Carlo, gerando aleatoriamente novos valores para as variáveis selecionadas e obtendo a correspondente distribuição do custo de produção. Na falta de melhores informações sobre as distribuições de probabi1idade decidiu-se usar a distribuição triangular para todas as vinte variáveis. Considerou-se a moda igual ao valor dado pelo Instituto de Economia Agrícola e os limites mínimos e máximos foram pesquisados. Os resultados obtidos indicam que 13 das 17 planilhas de custo analisadas apresentaram probabilidades altas de ocorrerem custos superiores aos originalmente estimados pejo IEA. Esse fato indica que, se estas estimativas forem usadas para estabelecer preços mínimos, os agricultores correm um risco elevado de não terem cobertos seus custos. Indica, também, a necessidade da introdução de aleatoriedade pelo menos em alguns dos elementos das matrizes de coeficientes de custos de produção.