Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Tauani Zampieri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-28012019-105025/
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Resumo: |
Os serviços de Atenção Básica à Saúde (ABS) do Sistema Único de Saúde são responsáveis pela maioria dos atendimentos pré-natais no Brasil. O pré-natal alcançou elevada cobertura no país, contudo, atingir um número mínimo de consultas não garante a qualidade da atenção. Ademais, permanecem iniquidades no acesso ao cuidado pré-natal, sendo que, as regiões mais pobres possuem mais difícil acesso, persistindo desfechos maternos e perinatais negativos. O objetivo geral desse estudo foi avaliar o cuidado pré-natal nos serviços de ABS que participaram do segundo ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) no estado do Piauí. Trata-se de uma pesquisa avaliativa do tipo análise da implantação, subtipos 1-a, 1-b e 3, de corte tranversal. Elaborou-se os modelos lógico teórico e operacional do cuidado pré-natal nos serviços de ABS. A população desse estudo consistiu em 865 equipes de ABS que participaram da avaliação externa no segundo ciclo do programa, 788 unidades de saúde e 235 mulheres grávidas ou com filhos até dois anos de idade que responderam um questionário na ocasião da avaliação externa. Utilizou-se dados secundários provenientes do banco de dados da avaliação externa do Ministério da Saúde, coletados de janeiro a setembro de 2014. Descreveu-se a estrutura das unidades de saúde, o processo de trabalho das equipes e o cuidado recebido durante o pré-natal pelas mulheres entrevistadas. Analisou-se a prevalência da adequação da estrutura e do processo de trabalho para o cuidado pré-natal segundo as macrorregiões administrativas do estado, Índice de Desenvolvimento Humano municipal (IDHm), porte populacional e atendimento à população rural. Somente 3,7% das unidades de saúde possuíam estrutura adequada para o cuidado pré-natal, sendo as menores frequências as dos testes rápidos de gravidez (10,3%), HIV (8,6%) e sífilis (7,4%). O processo de trabalho foi adequado para 20,8% das equipes e a menor frequência foi da administração de penicilina G benzatina nas unidades de saúde (55,0%). Das mulheres entrevistadas, 10,6% receberam todos os cuidados pré-natais selecionados. A macrorregião dos Cerrados se destacou quanto à adequação da estrutura para o cuidado pré-natal. Em relação à adequação dos equipamentos e materiais para a realização de procedimentos clínicos-obstétricos e suprimento de vacinas, as unidades de saúde dos municípios com maior IDHm são mais prevalentes. Considerando a adequação do processo de trabalho, as equipes da macrorregião do Semiárido são mais prevalentes e quando analisada a solicitação de exames, as equipes com maior IDHm e que não atendem população rural são mais prevalentes. Os resultados apontam que o maior desafio é ofertar todos os cuidados preconizados para o pré-natal, o que distancia a prática desses serviços de saúde da integralidade. Observa-se que, quando a prestação de um cuidado depende de maior infraestrutura, os serviços dos municípios de maior IDHm são mais prevalentes. São necessários esforços para incrementar a estrutura das unidades de saúde e estimular as equipes a explorarem mais as tecnologias leves no cuidado. Ressalta-se a premência em suprir as unidades com os testes rápidos e realizar a administração da penicilina G benzatina nas unidades de saúde |