Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Josilene Luciene |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-04062013-091711/
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Resumo: |
O chumbo (Pb) é um metal pesado que pode ocasionar alterações nos sistemas nervoso central (SNC) e auditivo. Faltam estudos que demonstrem tais alterações clínicas, em conjunto com as alterações bioquímicas e morfológicas em cérebro de ratos expostos ao Pb. Tem sido relatado que o ferro (Fe) tem um efeito protetor na toxicidade cerebral causada pelo Pb. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade elétrica cerebral, analisar a concentração de Pb no sangue e tecido cerebral, e observar o aspecto morfológico do cérebro de ratos intoxicados por Pb, submetidos à suplementação com Fe ou não. Foi realizado um projeto piloto utilizando 20 ratos machos recém-desmamados (Rattus norvegicus, variedade Wistar), que foram divididos em 5 grupos, sendo um controle e 4 experimentais (n=4/grupo). Nos grupos experimentais, os animais receberam por 6 semanas acetato de chumbo em água de beber nas concentrações de 100 mg/L e 400 mg/L de Pb, e em dois destes grupos houve administração simultânea de 20 mg/Kg de FeSO4 a cada 2 dias, por gavagem gástrica, e no outro não. O grupo controle recebeu, água deionizada. Após estabelecida a relação entre o Pb administrado e a dosagem deste no sangue (10 μgPb/dL e 30 μgPb/dL para as dosagens 100 e 400 mg/L de Pb, respectivamente), o experimento foi realizado com 30 ratos recém-desmamados divididos em 6 grupos (n=5/grupo). Os cinco primeiros foram idênticos aos empregados no estudo piloto, incluindo um grupo no qual os animais receberam água deionizada e 20 mg/Kg FeSO4 por gavagem gástrica a cada 2 dias, por 6 semanas. Após o período experimental, foi realizado o Potencial Evocado Auditivo Cortical (PEAC) com a análise da latência dos componentes P1, N1 e P2. Após a eutanásia, o cérebro dos animais foi removido, submetido ao processamento histológico (hematoxilina e eosina) e analisado ao microscópio óptico. Os dados foram analisados por ANOVA/Tukey, Kruskal-Wallis/Dunn e regressão linear (p<0,05). Foi observada uma dose-resposta em relação à concentração de Pb no sangue e no cérebro. A administração de FeSO4 reduziu os níveis de Pb no sangue e no cérebro, e embora a diferença só tenha sido significativa para o sangue (grupo que recebeu 100 mg/L de Pb), houve correlação significativa entre os níveis de Pb no sangue e cérebro (r2 = 0,94; p<0,0001). A latência média dos componentes P1, N1 e P2 do PEAC foi maior para os animais do grupo 400 mg/L Pb + 20 mg/Kg FeSO4. Não foram observadas alterações morfológicas significativas no tecido cerebral dos animais dos diferentes grupos, com exceção de alguns espaços pericelulares nos animais do grupo 400 mg/L Pb + 20 mg/Kg FeSO4. Conclui-se que a ingestão de Pb sozinho não foi capaz de causar aumentou nas latências dos componentes P1, N1 e P2 do PEAC e alteração morfológica no tecido cerebral, com exceção da maior dose de Pb utilizada (400 mg/L), associada ao uso do Fe (20 mg FeSO4). Além disso, a suplementação com o Fe foi capaz de diminuir os níveis do metal no sangue e no cérebro. |