Estudo da biodegradação bacteriana do herbicida glifosato por microbiota de corpo hídrico e por coleção laboratorial e análise da presença de glifosato em corpo hídrico do município de Guaratinguetá/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruvinel, Gabriela Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97131/tde-21112019-161425/
Resumo: O pesticida glifosato é o composto com ação herbicida mais utilizado em todo mundo. A carga anual de glifosato lançada sobre o solo é vultuosa e há evidências de que chegue aos reservatórios de água superficial e subterrânea. No ambiente, este herbicida tem demonstrado efeitos negativos agudos sobre as comunidades microbianas, espécies vegetais, animais invertebrados e vertebrados. A presença do herbicida nos reservatórios de água utilizados para abastecimento público e mesmo a contaminação de alimentos nos quais se aplicou glifosato, podem expor os seres humanos ao consumo crônico deste composto, cujas consequências ainda necessitam ser avaliadas. Nesse trabalho, foi investigada a biodegradação de glifosato por espécies bacterianas de laboratório e por bactérias obtidas a partir de amostras de água fluvial. A análise de glifosato nas amostras de água do rio Piaguí resultou em baixa concentração do herbicida em estudo (< 0,01 ppm). Ensaios de avaliação do uso de glifosato como única fonte de fósforo e de biodegradação do herbicida pelas cepas bacterianas, demonstraram que as células expostas não foram capazes de metabolizar o composto ou mesmo de reproduzir-se na presença do mesmo, sugerindo que a toxicidade de glifosato sobre as cepas avaliadas é preponderante. Este trabalho demonstrou, pela primeira vez, que glifosato induz a resposta severa por carência de aminoácidos aromáticos em cepas ambientais e em Escherichia coli. Nossos resultados evidenciaram a indução de uma resposta ao estresse de baixa severidade, mas com a peculiar característica de acúmulo apenas do nucleotídeo guanosina tetrafosfato e não de seu precursor, guanosina pentafosfato, diferentemente do que é observado em outros casos de carência de aminoácidos. Cabe ressaltar, que a análise de nossos resultados também sugere que o glifosato possa produzir efeitos tóxicos secundários nas células expostas, além da inibição da via de biossíntese de aminoácidos aromáticos.