Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lamim, Adriele Ribeiro dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-28092023-142908/
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Resumo: |
A argumentação é uma habilidade desejável para o exercício da cidadania. Nesse sentido, sua implementação no ensino de ciências tem ganhado a atenção dos pesquisadores da área. Por conseguinte, uma vasta produção acadêmica sobre a temática foi elaborada nas últimas décadas, evidenciando a necessidade de estudos para organizar e sistematizar tal conhecimento. Este trabalho tem o objetivo de investigar o cenário nacional sobre a argumentação na educação em química e estabelecer relações e contrapontos entre este e o cenário internacional. Para tanto, no período de 2000 a 2020, foram analisados artigos publicados em revistas nacionais com seletiva política editorial e trabalhos completos que constam nos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e do Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ). A investigação do contexto internacional teve por base um número restrito de artigos de revistas estrangeiras, em língua inglesa, publicados entre 1990 e 2020. As pesquisas brasileiras foram estudadas por meio dos seguintes descritores: (i) ano de publicação, (ii) região geográfica e instituição de origem, (iii) nível de escolaridade, (iv) foco temático, (v) ferramentas metodológicas para análise das dimensões da argumentação, (vi) ferramentas de coleta de dados, (vii) objetivos e resultados. Adicionalmente, os artigos estrangeiros foram inspecionados conforme o (i) ano e periódico de publicação, (ii) país e instituição de origem, (iii) nível de escolaridade e (iv) foco temático. Como resultados, constatou-se que as pesquisas sobre argumentação na educação química no Brasil começaram a receber atenção de forma consistente a partir de 2006 e se consolidaram em meados de 2012, o que mostra a juventude da temática que se encontra, hodiernamente, em crescimento. O assunto é investigado nas 5 macrorregiões brasileiras, embora de forma desproporcional, destacando-se o Sudeste e o Nordeste. Universidades públicas são as principais produtoras de pesquisas, principalmente USP, UFMG, UFSCar, UFOP, UFPE, UFRPE e UnB. Há uma ausência de estudos dedicados ao Ensino Fundamental, enquanto a inserção de práticas argumentativas no Ensino Médio e Superior é o alvo dos pesquisadores, os quais estão alinhados com diretrizes nacionais e internacionais de ensino de ambos os níveis escolares. Os focos temáticos mais privilegiados são o uso de estratégias de ensino para fomentar a argumentação e a inclusão desta na formação docente, inicial e continuada. Há um predomínio do Modelo de Toulmin como referencial de análise, embora haja uma grande diversidade de ferramentas metodológicas empregadas nos trabalhos. Gravação de episódios de aulas e análise de materiais escritos são as ferramentas de coleta de dados mais utilizadas para aquisição de informações que subsidiam a investigação das práticas argumentativas. A análise de argumentos discentes, do processo argumentativo e das ações dos professores que favorecem ou não a ocorrência da argumentação são os objetivos mais recorrentes das pesquisas. Os resultados obtidos com base no número restrito de artigos internacionais analisados mostraram que apenas periódicos voltados para o ensino de ciências veicularam estudos sobre argumentação na educação química. Os Estados Unidos concentraram mais da metade dos trabalhos sobre a temática em foco, e o nível de escolaridade mais contemplado foi o Ensino Superior, com destaque para a formação de licenciados em química, assim como verificado no cenário brasileiro. Os focos temáticos mais recorrentes são Estratégias promotoras da argumentação e Formação de professores, seguindo a tendência nacional. A análise dos focos, no contexto nacional e internacional, evidenciou que, ao utilizarem temáticas científicas, os pesquisadores optam, preferencialmente, pela experimentação como estratégia de ensino, e quando o tema é sociocientífico, o debate e o estudo de caso são as estratégias majoritariamente empregadas. |