Biomecânica orofacial e a eficiência mastigatória em adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Giglio, Lúcia Dantas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-31102013-164710/
Resumo: A definição de valores de referência a partir de sujeitos saudáveis é fundamental como parâmetro para o diagnóstico na área da saúde. Os objetivos deste estudo foram estabelecer valores de referência para a condição miofuncional orofacial, para as forças orofaciais e para a eficiência mastigatória, por meio de um escore de padronização e analisar as relações entre as variáveis, após estabelecer um índice de desempenho para as forças orofaciais e eficiência mastigatória. De um total de 316 sujeitos, foram selecionados 50 participantes, 21 homens e 29 mulheres, de 18 a 40 anos, sem desordem temporomandibular, sem distúrbio miofuncional orofacial e em normoclusão (classe I de Angle). Os sujeitos foram avaliados por meio do Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores (AMIOFE) para investigação da condição miofuncional orofacial. As forças isométricas máximas de mordida direita e esquerda, das bochechas direita e esquerda, da língua na região anterior e dorso e dos lábios foram avaliadas por um dinamômetro eletrônico Kratos® e os valores foram registrados em Newtons (N). Para todas as forças foram realizadas 3 medidas e obtida a média. A eficiência mastigatória foi analisada pelo método colorimétrico com beads, obtendo-se a concentração de fucsina em micrograma por mililitro (µg/ml). A eficiência foi avaliada em situação de mastigação habitual, mastigação unilateral direita e esquerda, durante 20 segundos cada. Para todas as variáveis foi calculado o escore Z, para identificação de seus valores de referência e os pontos de corte que diferenciou os sujeitos normais e alterados; os valores das forças orofaciais e da eficiência mastigatória destes sujeitos foram transformados em índice de desempenho, para 34 sujeitos da amostra que foram considerados normais. O erro casual do método foi calculado para todas as variáveis. Para análise estatística foi utilizado o teste de correlação de Spearman, por meio do Programa MedCalc® e o nível de significância adotado foi p<0,05. Os valores médios de referência estabelecidos a partir do escore Z foram: para a condição miofuncional orofacial 95,79 ± 3,74; para a média da força de mordida direita e esquerda 431,08 ± 138,01N; para a média da força de bochechas direita e esquerda 17,92 ± 7,44N; para a força de língua na região anterior 9,45 ± 4,01N; para a força de língua na região de dorso 13,44 ± 5,46N; para a força de lábios 4,31 ± 1,48N; para a eficiência mastigatória habitual 0,72 ± 0,31µg/ml; para a eficiência mastigatória a direita 0,71 ± 0,30µg/ml e para a eficiência mastigatória a esquerda 0,78 ± 0,37µg/ml. Não foram encontradas correlações entre os índices de desempenho das forças orofaciais e da eficiência mastigatória (r=0,102, p>0,05), entre o índice de desempenho das forças orofaciais e a condição miofuncional orofacial (r=-0,005, p>0,05), nem entre o índice de desempenho da eficiência mastigatória e a condição miofuncional orofacial (r=0,059, p>0,05). Não foi observado neste estudo relação entre a biomecânica orofacial e a eficiência mastigatória.