A sintaxe da janela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Jorge, Luís Antônio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-20012023-101904/
Resumo: A preocupação fundamental do trabalho é de carater ontológico: esboçar o problema das significações apriorísticas e autônomas dos elementos que compõem a sintaxe arquitetônica. O trabalho elege um desses elementos: a janela. Parte de duas analogias: uma, dada pela metáfora que toma a janela como olho da arquitetura; outra, dada pela aproximação histórica entre ela e a secção da pirâmide visual, construção imaginária da teoria da perspectiva renascentista. A consideração da janela na linguagem arquitetônica implica reconhecer uma ambigüidade essencial: a janela deve inserir-se ordenadamente no plano da parede - raciocínio típico da modenatura - mas também relacionar-se com a imagem vista através dela, que extrapola o plano, ressaltando a tridimensionalidade - herança da perspectiva renascentista, fundamentada no espaço euclidiano. Ver janela ou ver através da janela são alternativas que se colocam tanto ao observador interno ao edifício, quanto ao externo. Texto de dupla-face, a sintaxe da janela versa sobre o relacionamento desses dois lados. Tais características configuram uma poética da janela, ação criadora do olhar do arquiteto, terceira e definitiva analogia, fundamental para delimitar o campo de significação da janela. Se a arquitetura possui olhos, eles representam olhares já realizados: ao pesquisador cabe reconhecer os seus significados.