Efeito do tempo de contato sobre a sorção de fósforo e sua extração por Mehlich I em minerais típicos da fração argila de Latossolos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Nathália Cristina Marchiori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-13072022-091857/
Resumo: A sorção de fósforo ocorrente nos solos tropicais concorre para a diminuição da eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados que, por sua vez, são produzidos a partir de matérias-primas cujas reservas mundiais tendem à completa exaustão. Desse modo, o aumento do conhecimento relativo aos mecanismos de imobilização de fósforo no solo pode contribuir para a minimização desse fenômeno e assim para a maior longevidade das fontes de fósforo. No presente trabalho objetivou-se avaliar, sob condição de acidez, o efeito do tempo de contato do fósforo com a caulinita, a gibbsita, a hematita e a goethita, principais componentes da fração argila dos Latossolos, sobre a recalcitrância do fósforo sorvido à extração com a solução Mehlich I que, por sua vez, é largamente utilizada nos laboratórios brasileiros de avaliação da fertilidade do solo para a determinação do teor fito disponível de fósforo. Em paralelo, investigou-se a eventual ocorrência de difusão intrapartícula como mecanismo envolvido com a imobilização de fósforo nos minerais supracitados. Os resultados indicaram que a sorção de fósforo ocorreu lentamente na caulinita e muito rapidamente na goethita. O fósforo retido à caulinita foi praticamente todo extraído com a solução Mehlich I mesmo após 912 horas de sorção; por outro lado, a goethita se mostrou como principal mineral responsável pela formação do fósforo não-lábil. O aumento do tempo de contato de 3 para 912 horas diminuiu as frações de fósforo sorvido à gibbsita e à hematita passíveis de extração com a solução Mehlich I. A hematita contribuiu mais para a formação de fósforo não-lábil que a gibbsita. A sondagem espectroscópica dos primeiros 25 nanômetros a partir das superfícies das amostras de gibbsita, de hematita e de goethita após a extração com solução Mehlich I indicou que a difusão intrapartícula, se ocorrente, não foi o único mecanismo responsável pelas frações de fósforo sorvido não extraíveis com solução Mehlich I determinadas naqueles minerais.