Na roça, na mesa, na vida: uma viagem pelas rotas e desvios da mandioca ao fazer-se coisas de comer, no e além do nordeste paraense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Picanço, Miguel de Nazaré Brito
Orientador(a): Lopes, José Rogério
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7315
Resumo: Esta etnografia se inscreve nos estudos contemporâneos que tratam da cultura material e da vida coletiva, considerando as trajetórias e os movimentos de algumas espécies do mundo natural cultivadas por indivíduos. Assim, busco estudar as ressignificações que estão acontecendo na cultura material contemporânea, numa ordem de interação entre elementos, coisas e espécies da natureza que compõem essa cultura material, e suas experiências com humanos e não humanos (Ingold, 2015, 2012; Latour, 2012; Gell, 2005). Por meio de incursões etnográficas, pautadas em observações participantes, conversas formais e informais, estudei as trajetórias e os movimentos da mandioca e suas rotas e desvios (Appadurai, 2008) no e além do território brasileiro, com centralidade no estado do Pará, onde ela povoa um emaranhado de práticas comerciais, comensais e religiosas com e entre os sujeitos que a cultivam, estabelecendo-se como alimento primordial e como objeto na constituição de experiências que povoam o cotidiano dos paraenses. Portanto, nesta investigação objetivou-se analisar e descrever as experiências vivenciadas pela mandioca com os humanos que habitam no texto da pesquisa, e destes com ela. Para tanto, nesta viagem me dispus a seguir os materiais e pessoas que dão concretude às experiências supramencionadas com o intuito de: etnografar os processos que culminam com a produção, consumo e singularização (Kopytoff, 2008) dos descendentes da mandioca, assim como reconhecer como são negociadas e estabelecidas essas experiências.