No lixo? Na Arte?: um estudo da consciência política dos sujeitos participantes em empreendimentos de economia solidária em Tangará da Serra-MT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Junior, Wilson Luconi
Orientador(a): Veronese, Marília Veríssimo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4409
Resumo: A dissertação discute a economia solidária com foco na consciência política dos sujeitos participantes nos empreendimentos solidários, dos segmentos de coleta e separação de resíduos sólidos e artesanato. Descreve e analisa elementos da consciência política, através de sete dimensões, conforme proposto por Sandoval (1994), sendo elas: identidade coletiva; crenças, valores e expectativas; interesses antagônicos e adversários, eficácia política; sentimentos de justiça e injustiça; vontade de agir coletivamente e ações e objetivos do movimento social. Para contribuir nesta discussão foram apresentadas articulações teóricas sobre a economia solidária, a compreensão do sujeito, movimentos sociais e consciência política. A pesquisa consiste em um estudo de caso de cunho exploratório, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, grupos focais e observações do pesquisador. Os empreendimentos selecionados foram: Coopertan - Cooperativa de Produção de Material Reciclável de Tangará da Serra-MT e a Artetan - Associação dos Artesões de Tangará da Serra-MT. A análise consistiu em categorizar os discursos dos sujeitos através das dimensões da consciência política. Os resultados apontam que os empreendimentos são um espaço possível de politizar a sobrevivência através da prática da autogestão e da formação que ela demanda; que as identidades em geral são construídas através de relações de parentesco e de liberdade no trabalho e que a luta dos cooperados é contra o sistema capitalista que os exclui do mercado de trabalho. Indicam também que eles encontram, nos espaços do empreendimento, significativo apoio e solidariedade. Esse trabalho, que compartilha da própria vida, evidenciou aspectos da formação política engendrada na esfera do trabalho, ou seja, uma politização da e para a sobrevivência.