Leituras escolares e modos de subjetivação: uma problematização em Imperatriz-MA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Rosana Sousa
Orientador(a): Schuler, Betina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8789
Resumo: A leitura ainda é vista como um forte valor social, como algo que tem importância na vida das pessoas e também na escola. Todavia, entende-se que não há leitura “em geral”. Assim, com essa pesquisa, objetivou-se descrever as práticas de leitura que vêm sendo operadas nos anos finais do Ensino Fundamental, na rede municipal de Imperatriz/MA, mais especificamente em duas escolas, bem como identificar os tipos de texto utilizados pelos professores e problematizá-los em suas relações com a produção dos modos de subjetivação. Os principais conceitos utilizados para construir esta pesquisa foram: práticas de subjetivação e cuidado de si, a partir das teorizações foucaultianas; o conceito de texto em Foucault e Barthes e o conceito de leitura em Foucault, Barthes, López, Larrosa, dentre outros autores. A pesquisa operou com inspiração genealógica foucaultiana, efetivando-se com algumas ferramentas analíticas, a partir de dois movimentos de investigação, sendo eles o exame dos planejamentos dos professores das duas escolas participantes, bem como a realização de grupo focal com todos os professores dos anos finais do Ensino Fundamental de cada escola. A partir disso, produziram-se três dimensões de análise, que falam dos modos de leitura nessas escolas e a implicação nos modos de subjetivação: leitura como decodificação: foco na representação e na comunicação; leitura e o aluno-cliente: o festejo do prazer e da utilidade; e leitura na luta de forças entre a competência e a formação. Perceberam-se, ainda, algumas brechas que podem ser operadas, que escapam, mas que se configuram como importantes práticas, por estarem atentas à potência da leitura na escola.