Estrutura de comunidades de aranhas em áreas úmidas subtropicais: padrões espaço-temporais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ávila, Arthur Cardoso de
Orientador(a): Stenert, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10125
Resumo: As áreas úmidas são ecossistemas de alta diversidade biológica e estão entre os ecossistemas mais produtivos da Terra, com enorme importância ecológica e social para a humanidade. Mesmo assim, as áreas úmidas são um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta pelas atividades humanas. Alterações no hidroperíodo natural e na frequência de inundações são fatores que alteram a integridade desses ecossistemas, principalmente em áreas úmidas menores e intermitentes. As comunidades de aranhas estão presentes em uma grande diversidade de ambientes, incluindo áreas úmidas, constituindo diferentes guildas alimentares, que estão relacionadas com a complexidade do ecossistema. O objetivo geral deste estudo foi analisar os padrões espaciais e temporais de diversidade em comunidades de aranhas em áreas úmidas com diferentes hidroperíodos e distintas localidades no sul do Brasil. Foram realizadas quatro coletas em um total de 12 áreas úmidas na região dos campos de cima da serra e duas coletas em um total de 24 áreas úmidas nos biomas Mata Atlântica e Pampa. Os principais resultados obtidos foram: 2549 indivíduos distribuídos em 14 famílias de aranhas foram coletados nas áreas úmidas dos Campos de Cima da Serra e dos diferentes biomas; o hidroperíodo e a heterogeneidade de habitat afetam a comunidade de aranhas, considerando a diversidade de morfoespécies e de guildas; houve um padrão de distribuição latitudinal das comunidades de aranhas com uma maior diversidade de aranhas em áreas úmidas da Mata Atlântica. Assim, esses resultados demonstram que as aranhas podem funcionar como organismos indicadores para esses ecossistemas ameaçados. Logo, esses dados podem fornecer uma informação importante no futuro para a conservação de áreas úmidas.