As dramáticas de usos de si na atividade de tratamento da água em um contexto de intensificação de normas do setor público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Ângela Beatriz Cavalli
Orientador(a): Eggert, Edla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3394
Resumo: A presente tese é o resultado de uma pesquisa na área da Educação, especificamente no campo de conhecimento Trabalho e Educação. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, realizado com servidores públicos investidos no cargo de Operadores de Estação de Tratamento, lotados no Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). O estudo contou com a participação de 10 servidores que são responsáveis pelo tratamento de água na capital do estado do Rio Grande do Sul - Porto Alegre. A pesquisa objetivou compreender a atividade de trabalho dos e das responsáveis pelo tratamento de água no contexto de intensificação de normas no setor público. Para atingir o proposto, a questão norteadora foi: "como os operadores de estação de tratamento fazem uso de si, mobilizam e criam valores e saberes para realizarem a atividade de trabalho, em tempos de intensificação de normas no setor público?". Os dados coletados em junho de 2011 foram analisados sob a ótica do referencial da Ergologia. Concluímos que os operadores e operadoras de estação de tratamento já conviviam com um processo de regulamentação e controle no trabalho de tratamento de água, estabelecido pela Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde. Esta regula o trabalho dos profissionais da área e define que água potável é a que atende o padrão de potabilidade por ela estabelecido e que não oferece riscos à saúde. Os operadores e operadoras de estação de tratamento convivem, assim, com normas públicas, como a portaria do Ministério da Saúde, e privadas, como as normas ISO. Nesse contexto, enfrentam cotidianamente o debate entre essas duas normas. O trabalho dos operadores e operadoras está impregnado de valores que reforçam a importância de que a água seja mantida no polo do político, pois se trata de um bem comum que possui relação estreita com a vida, e esta não pode ser mensurada, portanto, não pode ser gerida no polo do mercado.