Sexting: percepções de adolescentes e pais sobre o fenômeno e sua relação com aspectos familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cardoso, André Tavares
Orientador(a): Mosmann, Clarisse Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10139
Resumo: Nesta pesquisa investigou-se a percepção de adolescentes e pais sobre o fenômeno denominado sexting. Caracteriza-se como o envio ou recebimento de conteúdo sexual, como vídeos e/ou imagens nuas ou de partes do corpo, por meio da internet. Dois estudos qualitativos e exploratórios foram realizados, utilizando-se como instrumentos a entrevista semiestruturada e o grupo focal. Os dados obtidos no grupo focal e nas entrevistas foram examinados pelo método de análise de conteúdo. No Estudo I foram feitas entrevistas semiestruturadas com seis adolescentes, entre 14 e 17 anos, de uma escola da região metropolitana de Porto Alegre, RS. Os resultados revelaram que o sexting foi visto como comum entre os participantes e que eles não consideraram o envolvimento no fenômeno como ruim, apenas o compartilhamento não autorizado de seu conteúdo. Também, os dados mostraram que os adolescentes perceberam o papel dos pais como importante no envolvimento do filho em sexting ativo. No Estudo II explorou-se o que pensam pais de adolescentes entre 12 e 18 anos sobre o envolvimento dos filhos em sexting. Foram reunidos dois grupos focais na mesma escola. Os participantes disseram não saber como lidar com o envolvimento dos filhos em sexting. A maior preocupação relatada foi com o risco da exposição pública do adolescente, e não tanto com o envolvimento em sexting. Os resultados da dissertação mostram que o envolvimento no fenômeno faz parte da vida dos adolescentes e, consequentemente, de suas famílias. Também que, apesar de pais e adolescentes compartilharem as percepções de que se envolver em sexting não é problema, mas sim o vazamento do conteúdo deste, os pais não se sentem preparados para lidar com o envolvimento do filho. Por fim, essas constatações servem para orientar pais, pedagogos e terapeutas, especialmente os de família, no sentido de compreenderem um pouco melhor os pensamentos e atitudes de adolescentes e pais quanto ao sexting e a também proporem intervenções que visem melhorar a comunicação entre pais e filhos.