Liderança feminina nas organizações: discursos sobre a trajetória de vida e de carreira de executivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Medeiros, Adriana Silva
Orientador(a): Cabral, Patrícia Martins Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3702
Resumo: A pesquisa buscou compreender a percepção de mulher es em postos de liderança a respeito de sua trajetória profissional e pessoal, notadamente no que diz respeito às demandas sociais sentidas, os desafios enfrentados nesse percurso e as estratégias de enfrentamento adotadas. Para tanto, realizou-se um estudo eminentemente qualitativo e exploratório, de caráter transversal. A estratégia de coleta de dados envolveu oito entrevistas narrativas, cuja análise centrou-se no caráter individual, a saber, a compreensão dos relatos acerca das experiências pessoais e profissionais das entrevistadas sobre a trajetória até alcançar postos de liderança estratégica nas organizações. O tratamento dos dados foi realizado através da análise de discurso, amparado pelo software de categorização de dados NVivo. O referencial teórico foi sustentado a partir de quatro enfoques centrais: a) a liderança e como esse conceito é atravessado pela questão do gênero; b) a construção das representações sociais em relação ao gênero; c) a retomada histórica da trajetória da mulher no mercado de trabalho e em cargos de gestão e, por fim, d) a liderança feminina construída e consolidada dentro do contexto social apresentado e suas implicações na vida pessoal e profissional dessas mulheres. A pesquisa revelou que apesar de não sentirem situações extremas relacionadas à discriminação e às barreiras de gênero, a cobrança e a necessidade de comprovar suas competências é marcante, assim como o imperativo de sustentar sua posição sistematicamente em um universo que ainda é eminentemente masculino. Quanto às questões familiares, ainda existem dificuldades na conciliação da vida pessoal e profissional, na medida em que o percurso exigiu inúmeras escolhas e renúncias em prol do alcance de cargos de destaque nas organizações. Em relação à liderança, percebeu-se claramente a intenção de fortalecimento através do conhecimento como forma de assegurar sua posição e uma prática de gestão fundada nas pessoas, no compartilhamento e na meritocracia.