Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Alessandra Preussler de |
Orientador(a): |
Guimarães, Ana Maria de Mattos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4945
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Resumo: |
Este estudo, embasado teoricamente no Interacionismo Sociodiscursivo, teve como objetivo identificar indícios linguísticos e discursivos que demonstrassem a atorialidade docente, a partir da interpretação feita por professores sobre seu trabalho. A atorialidade é entendida como a característica do actante que tem o papel de ator, ou seja, aquele que demonstra ter capacidades, intenções, motivos e responsabilidade para agir (BRONCKART, 2008, p. 122). Buscou-se compreender as formas como professores interpretam seu próprio agir e o agir de outros participantes do processo de ensino-aprendizagem, bem como apreender as possibilidades de reconfiguração do agir docente, analisando as figuras de ação (BULEA, 2004, 2009, 2010; BULEA, LEURQUIN & CARNEIRO, 2013). Tal análise apontou a existência de uma nova figura de ação, a de avaliação, figura que parece favorecer a expressão da atorialidade docente. Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas realizadas com duas professoras de língua materna de uma rede pública de ensino fundamental, em dois momentos distintos: antes e depois do desenvolvimento de projetos pedagógicos. Foram selecionados trechos das entrevistas identificados como Segmentos de Orientação Temática (SOT) e Segmentos de Tratamento Temático (STT). A partir dessa categorização, foi realizada a análise textual discursiva sob a perspectiva da arquitetura textual (Bronckart,1999/2012), o que permitiu a identificação e a delimitação das figuras de ação interna e externa. As análises realizadas permitiram propor contextos de expressão de atorialidade, em que o actante demonstra sua implicação no agir, a partir dos quais podem-se inferir os demais elementos que o constituem como ator. Desta forma, percebeu-se que o uso do dêitico pronominal “eu” indica maior grau de responsabilização do professor no discurso, associado a verbos de tomada de responsabilização enunciativa ou verbos dinâmicos. Além disso, as modalizações, com destaque para alguns adjetivos e substantivos, contribuem para intensificar a produção de sentido, pois revelam a subjetividade do actante ao demonstrar peculiaridades do seu posicionamento quanto ao conteúdo temático (KERBRAT-ORECCHIONI, 1997). Por sua vez, a figura de ação avaliação demonstra a reflexão e o ponto de vista das professoras a respeito do seu próprio agir (interna) e também do agir dos demais participantes (externa). Essa figura de ação é caracterizada pelo caráter avaliativo e subjetivo, bem como demonstra forte implicação do professor e sua capacidade de reflexividade. Ao considerar as interações do processo de ensino-aprendizagem, percebeu-se que a articulação de motivos e intenções está associada dialogicamente à presença de outros participantes, que fazem parte do cenário escolar. Enfim, o trabalho realizado mostrou ser possível apreender aspectos reveladores sobre a pilotagem da sala de aula e sua complexidade, uma vez que os professores, ao verbalizarem sobre o seu trabalho, fazem emergir o papel crucial da linguagem que acessa a memória, organiza, comenta, regula as ações e as interações humanas. |