Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Manfroi, Joseline |
Orientador(a): |
Dutra, Tânia Lindner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10240
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Resumo: |
A presença de carvão vegetal macroscópico (charcoal) no registro fóssil oferece a perspectiva de uma gama variada de avaliações sobre o contexto paleoambiental que originou este tipo de depósito. Entre suas aplicações estão aspectos que têm envolvido a pesquisa geológica e paleontológica nos últimos anos, tais como as variações do teor de oxigênio na atmosfera e a associação da vegetação a contextos pirogênicos. No presente trabalho foi realizada a avaliação da presença de carvão vegetal macroscópico (charcoal) em depósitos do final do Cretáceo na Península Antártica cuja gênese, em um contexto tectônico de ante-arco, resultou em uma deposição eminentemente vulcânica. Parte do material aqui estudado provém das coletas realizadas pelo Programa Antártico Brasileiro nas ilhas King George e Nelson, estando armazenado no Laboratório de História da Vida e da Terra (LaViGea), da Universidade do Vale do Rio do Sinos – UNISINOS, parte foi cedida pelo Instituto Antártico Chileno (INACH), e provém da ilha Livingston. As amostras foram analisadas sob estereomicroscópio, buscando a presença de fragmentos que denunciassem a ocorrência de elementos carbonizados. Estes foram retirados mecanicamente do sedimento e analisados sob Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). As análises permitiram a definição das características morfoanatômicas preservadas nos fragmentos vegetais e a avaliação da dinâmica dos paleoincêndios. Duas localidades mostraram a presença de restos carbonizados, uma delas no sudoeste da ilha King George (Pontal Price) e a outra na área norte da ilha Nelson (Pontal Rip). A análise demostrou que os fragmentos vegetais carbonizados apresentam estruturas celulares preservadas, a presença de raios transversais simples e pontoações uniseriadas permitem relacionar o material à Gimnospermas. A fusão das paredes celulares dos traqueídeos, com claras marcas de ruptura das estruturas permitem inferir temperaturas entre 340°C e 600 °C. Tendo em conta o contexto proximal do edifício vulcânico, inferido a partir das litologias associadas, uma vinculação tafonômica à queda de cinzas ainda aquecidas é aqui proposta para a queima e preservação dos restos. |