Relação entre controle familiar e a manutenção do posicionamento estratégico das companhias listadas na BM&FBovespa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Olesiak, Estevo Mateus
Orientador(a): Diehl, Carlos Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7300
Resumo: Este estudo objetivou analisar a relação entre o controle familiar e a manutenção do posicionamento estratégico em empresas listadas na BM&FBovespa. Para isso, realizou-se um levantamento nos Relatórios de Administração (RA), Formulários de Referência e Demonstrações Financeiras do exercício de 2002 a 2016 de 110 companhias de setores diversos, bem como levantamento do controle familiar disponibilizados pelas mesmas. Para a categorização dos dados dos RA, utilizou-se relação de categorias e subcategorias com base nos posicionamentos estratégicos custo e diferenciação, já validadas em estudos anteriores, por meio da Técnica Delphi. Os discursos sobre estratégia e nível de controle familiar, depois de categorizados, foram analisados por meio de análise de correlação de Spearman e o teste de Kruskal-Wallis. Os resultados permitem considerar a não comprovação da hipótese central da pesquisa, pois se esperava correlação negativa entre as variáveis, de forma que quanto maior a inserção familiar no controle, menor a variação entre estratégias, o que não ocorreu. Inobstante, os resultados demonstraram uma correlação positiva, porém fraca, entre controle familiar e a variação do discurso entre estratégias. A análise por setor novamente não comprovou a hipótese em algum setor, contudo, reafirmou os achados na análise geral. A existência de tal correlação positiva sugere duas interpretações: primeiramente a existência de trocas geracionais no controle e/ou gestão das empresas familiares, que podem incentivar mudanças nas estratégias como já sugerem estudos anteriores. A segunda interpretação considera que a menor burocracia em empresas familiares possibilita famílias interferirem nos relatórios de administração a fim de justificar variações em índices econômicos e/ou financeiros em nome da manutenção da imagem/reputação da organização, o que reafirma, em parte, a visão de longo prazo, e maior interesse na imagem, e continuidade do negócio familiar. Ademais os resultados imediatos pesquisados propiciam outras contribuições, como a correlação negativa entre “controle estatal” e “variação do discurso entre estratégias”, demonstrando que quanto maior o controle estatal, menor a variação do discurso entre estratégias. Outras contribuições demonstram haver correlação negativa entre controle familiar e o discurso total nos 15 anos, evidenciando que quanto maior o controle familiar menor a quantidade de discurso de estratégia no decorrer dos anos.