O discurso sobre aborto em revistas católicas brasileiras Rainha e Família cristã(1980-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Dalmolin, Aline Roes
Orientador(a): Kuschick, Christa Liselote Berger Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3931
Resumo: A década de 1980 representa o momento no qual se instaura, na mídia brasileira, o macroacontecimento aborto, cuja polêmica mobiliza intensas discussões por parte da Igreja e do movimento feminista. Estas repercutem de várias formas na imprensa, sobretudo em virtude das pautas que ingressam sobre o tema no Congresso e da intensificação dos debates pelos movimentos sociais. Esta tese objetiva enfocar o discurso das revistas católicas Rainha e Família Cristã sobre aborto entre 1980 e 1990, observadas a partir do tensionamento entre os valores religiosos e os valores específicos da modernidade. Tomam-se as revistas católicas pelo pressuposto de que estas refletem as contradições da Igreja pós-conciliar, marcada pelo embate entre progressistas e conservadores, e tensionada, sobretudo, pela problemática da inserção da instituição no mundo secular. A análise busca perceber as marcas discursivas dessa relação, estruturando-se a partir de pressupostos da análise de discurso para observar processos de designação e formações discursivas, articuladas aos conceitos de campo, ethos da modernidade e de secularização/dessecularização. Conclui-se que o processo de mediação entre campo religioso e campo midiático no âmbito das revistas católicas enfocadas, passa pelas questões do ethos privado, nas quais se estabelece uma perspectiva de “aggiornamento condicionado” face ao horizonte moderno.