Bactérias endofíticas associadas a duas variedades de Oryza sativa L. cultivadas na Estação Experimental do Arroz-IRGA, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Garcia, Taís Vargas
Orientador(a): Fiuza, Lidia Mariana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4268
Resumo: Microrganismos vivendo no interior dos tecidos das plantas sem causar efeitos prejudiciais visíveis de sua presença são chamados endofíticos. As bactérias endofíticas podem promover o crescimento das plantas de várias maneiras: através da secreção de reguladores de crescimento vegetal, pela solubilização de fosfato, entre outras. Na busca de práticas agrícolas ambientalmente sustentáveis, tem sido dada considerável atenção à fixação biológica de nitrogênio atmosférico. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar, através de métodos dependentes de cultivo, a ocorrência de bactérias endofíticas em colmos e folhas de duas amostras das variedades “RG 121” e “RG 900” de arroz irrigado, num sistema de cultivo convencional. Foram coletadas plantas de arroz de duas variedades na Estação Experimental do Arroz, do Instituto Rio Grandense do Arroz (EEA-IRGA), Cachoeirinha/RS, no ano agrícola 2012/2013. As plantas coletadas em campo foram submetidas à desinfecção superficial, seguida do isolamento e cultivo das bactérias endofíticas em meios de cultura semi-sólidos, livres de nitrogênio: NFb (Azospirillum brasilense/A. lipoferum), JNFb (Herbaspirillum seropedicae/H. rubrisubalbicans) e LGI-P (Gluconacetobacter diazotrophicus). Ao final desses procedimentos, foram obtidos 190 isolados bacterianos, os quais agruparam-se, de acordo com suas características fenotípicas, em 29 morfotipos. A partir disso, o padrão de distribuição dos morfotipos entre oito condições foi avaliado por Análise de Correspondência Destendenciada (DCA). As oito condições foram: C1 = amostra (planta) 1, variedade “RG 121”, colmos; C2 = amostra 1, variedade “RG 121”, folhas; C3 = amostra 1, variedade “RG 900”, colmos; C4 = amostra 1, variedade “RG 900”, folhas; C5 = amostra (planta) 2, variedade “RG 121”, colmos; C6 = amostra 2, variedade “RG 121”, folhas; C7 = amostra 2, variedade “RG 900”, colmos; C8 = amostra 2, variedade “RG 900”, folhas. Os dois primeiros eixos da DCA explicaram 28,5 % da variância total do conjunto de dados - 23,9 % de explicação somente pelo eixo 1. Ainda, foi realizada uma Análise de Componentes Principais (PCA) na tentativa de estabelecer quais morfotipos melhor explicam as diferenças observadas entre as condições. Deste modo, os eixos 1 e 2 da PCA tiveram uma proporção de explicação acumulada correspondente a 45,61 %, sendo o eixo 1 responsável por 25,91 % destes. Por fim, em função do número de isolados obtidos por grupo fenotípico, pôde-se calcular o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’), que relaciona a riqueza e uniformidade de espécies (morfotipos) para cada área (condição) em estudo. Estes foram testados par-a-par pelos métodos de bootstrapping e permutação quanto a possíveis diferenças significativas. De modo que valores de H’ estatisticamente diferentes apresentados por algumas das combinações de condições puderam ser relacionados à amostra (planta), à estrutura vegetal (colmos e folhas) e à variedade, isolada ou conjuntamente. O crescimento bacteriano em meios de cultura livres de nitrogênio, em condições microaerofílicas, infere a ocorrência da capacidade de fixação biológica de nitrogênio.